Capital paulista está mais moderna e mais humana

Caminhar por São Paulo pode ser uma grande aventura. Se você vai para o trabalho ou praticar uma atividade de lazer, certamente se deparará com uma série de desafios típicos de uma grande metrópole, inclusive com o individualismo e a impessoalidade.

Por Chico Macena*, no Portal Fórum

Fernando Haddad ciclovia na Paulista - André Tambucci/Fotos Públicas

É visível a urgência de requalificar espaços públicos ou oferecer novos locais de socialização. Por isso, a Prefeitura de São Paulo colocou em curso grandes projetos para tornar a cidade mais moderna e mais humana.

Entre os projetos está a ampliação da oferta de equipamentos culturais, de esporte e lazer. Até o momento oito equipamentos de cultura foram entregues: os teatros Paulo Eiró (Zona Sul), Arthur Azevedo (Zona Leste) e Flávio Império (Zona Leste), a Casa do Bandeirante (Zona Oeste), Torre da Memória (Centro), Edifício Ramos de Azevedo (Centro) e as Bibliotecas Cora Coralina (Zona Leste) e Camila Cerqueira Cesar (Zona Oeste) e uma programação permanente e extensa também foi lançada, o Circuito São Paulo de Cultura, cujo objetivo é democratizar o acesso à cultura, atuando nas áreas de música, artes cênicas, cinema e infantil. O Circuito oferece cerca de 500 atrações distribuídas em 40 equipamentos públicos, inclusive naqueles localizados na periferia.

A prática de esportes e atividades de lazer conta agora com 50 equipamentos esportivos requalificados, como os Centros Desportivos da Comunidade (CDC) e Clubes-Escola, o antigo Clube de Regatas Tietê, foi reformado e reaberto para a população durante a Virada Esportiva de 2014 e agora se chama Clube Esportivo Tietê. E vem mais por aí, com a reforma da Chácara do Jockey, na Zona Oeste.

Com o mesmo objetivo, a atual gestão provou que é possível ampliar ainda mais os espaços de convivência em parceria com a sociedade civil e/ou empresas e, neste sentido, regulamentou a criação de mini praças (parklets). Já são 32 em toda a cidade.

Com isso a cidade vai se humanizando e se abrindo, inclusive para o debate sobre o fechamento de grandes vias aos finais de semana para atividades de lazer. Prova da vontade paulistana de transformar vias emblemáticas em ruas de lazer, se deu no último dia (28), quando a av. Paulista foi tomada por ciclistas e pedestres durante a inauguração da ciclovia da Paulista.

E a partir do próximo sábado (11), o Minhocão será aberto para as pessoas das 15h00 e só será “devolvido” para os veículos motorizados na segunda-feira, fazendo pulsar novamente o centro antigo, enquanto espaço de sociabilidade.

Certamente, promover a criação de novos espaços não é suficiente. É preciso também investir em infraestrutura, para que as pessoas possam ir e vir e usufruir com mais qualidade da cidade. Neste sentido, a Prefeitura instalou mais de 53 mil novos pontos de iluminação e já prepara uma Parceria Pública Privada (PPP) que prevê a troca de aproximadamente 620 mil lâmpadas da cidade por LED, a criação de novos pontos de luz e a implantação de uma central de monitoramento do serviço.

E com todo o avanço da tecnologia dos aparelhos celulares, onde todo mundo está sempre conectado e em qualquer lugar, a cidade precisava oferecer acessos à internet. Agora qualquer um pode acessar uma rede social ou qualquer outro site, nos quatro cantos de São Paulo. São 120 pontos de wi-fi gratuitos em praças, parques e ruas da capital. A população já se apropriou da novidade e é comum ver grupos de pessoas nas praças acessando a internet livre por meio de celulares e tablets.

Mas, uma cidade do tamanho de São Paulo não se tornará mais humana e mais moderna se não se preocupar com questões ambientais e com o descarte de resíduos e, para enfrentar este desafio, a coleta seletiva está sendo ampliada e a meta é universalizar o serviço nos próximos anos. Hoje, 60% da cidade é atendida pelo serviço de coleta seletiva e, para dar o destino correto ao lixo reciclável, duas novas centrais de triagem automatizadas foram criadas (Bom Retiro e Santo Amaro) e outras duas estão em fase de desapropriação de terreno com previsão de construção e inauguração em 2016.

Todas essas ações são em pouco tempo absorvidas pela paisagem da cidade e passam despercebidas para muita gente, mas, quem almeja uma cidade melhor sabe o quanto são significativas.

Com esses investimentos, a Prefeitura de São Paulo pretende valorizar ainda mais os cidadãos, promovendo a reocupação dos espaços públicos e tornando a cidade mais moderna e mais humana.

(*) Chico Macena, 52 anos, é administrador e Secretário do Governo do Município de São Paulo.