Receita do setor de serviços cresce 1,1% em maio, aponta IBGE

O setor de serviços registrou, no mês de maio deste ano, um crescimento nominal de 1,1%, na comparação com igual mês do ano anterior, inferior às taxas de abril (1,7%) e março (6,1%), configurando-se como a segunda menor taxa da série iniciada em 2012, sendo a de fevereiro de 2015 (0,9%), a menor. A taxa acumulada no ano atingiu 2,3% e, em 12 meses, 3,8%.

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Na comparação maio de 2015/maio de 2014, três dos cinco segmentos do setor de serviços registraram variações nominais positivas: Serviços profissionais, administrativos e complementares, com 5,5%; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com 0,8%, e Outros serviços, com 0,3%.

Apresentaram variações nominais negativas Serviços prestados às famílias, com -1,4% e Serviços de informação e comunicação, com -0,8%. Em termos de composição da taxa global, as contribuições foram: Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,2 p.p); Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,3 p.p.); Outros serviços não apresentaram contribuição significativa (0,0 p.p.) e tiveram contribuição negativa Serviços prestados às famílias (-0,1 p.p) e Serviços de informação e comunicação (-0,3 p.p.).

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no país, abrange as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram).

O segmento de Serviços prestados às famílias apresentou uma retração de 1,4%, em maio, sobre igual mês do ano anterior, contra um crescimento de 1,2% de abril e 2,5% de março. A variação acumulada no ano ficou em 3,6% e em 12 meses, 5,9%. Os Serviços de alojamento e alimentação e Outros serviços prestados às famílias apresentaram retração de 1,6% e 0,6%, respectivamente.

Os Serviços de informação e comunicação registraram variação nominal de -0,8%, em maio, na comparação com igual mês do ano anterior, contra -0,1% de abril e 2,9% de março. A variação acumulada no ano ficou em 0,2% e em 12 meses, 1,1%. Os Serviços de tecnologia da informação e comunicação-TIC, que abrangem os serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação, apresentaram taxa de 0,9 % e os Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, apresentaram variação negativa de –10,2%.

O segmento de Serviços profissionais, administrativos e complementares apresentou variação de 5,5%, em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, inferior às variações de abril (6,6%) e março (8,7%). A variação acumulada no ano ficou em 6,0% e, em 12 meses, 7,7%. Os Serviços técnico-profissionais, correspondentes aos serviços intensivos em conhecimento, apresentaram recuo de 3,7% e os Serviços administrativos e complementares, que abrangem as atividades intensivas em mão-de-obra, cresceram 8,9%.

O segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou uma variação nominal de 0,8%, em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em abril, o segmento registrou variação de 1,2% e, em março, 8,7%. A variação acumulada no ano ficou em 2,2% e, em 12 meses, 3,5%. Por modalidade, os resultados foram: Transporte terrestre, com -1,9%, Transporte aquaviário, com 23,4% e Transporte aéreo, com 1,2%. A atividade de Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio apresentou crescimento de 2,4%. O resultado negativo observado nos Transportes terrestres decorre da menor demanda do setor industrial, principalmente do Transporte rodoviário de cargas. Essa menor demanda ocorre tanto para a aquisição de insumos, como para o escoamento da produção.

O segmento de Outros serviços apresentou variação nominal 0,3%, contra -2,3% de abril e 5,3% de março. A variação acumulada no ano ficou em 0,5% e, em 12 meses, 4,4%.