Festival Latino-Americano de São Paulo traz 111 filmes em 2015

Celebrando sua décima edição no período de 30 julho a 5 de agosto, o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo traz como grandes homenageados os cineastas Hector Babenco e Lírio Ferreira. Este ano o festival traz 111 filmes de 17 países da América Latina e do Caribe.

Festival de cinema latino - Reprodução

Patrocinado pela Petrobras e pela Sabesp, o evento é uma realização do Memorial da América Latina, Secretaria de Estado da Cultura e Associação do Audiovisual, e reúne uma programação com os destaques da produção mais recente feita na região, incluindo vários títulos inéditos no Brasil e obras exibidas em eventos prestigiosos – como os festivais de Cannes, Berlim, Veneza e Sundance.

Na mostra Contemporâneos estão 21 filmes, sendo 13 inéditos no Brasil (cinco são produções brasileiras em première mundial). As demais seções são Documentários Musicais América Latina, Mostra de Escolas Ciba-Cilect e DocTV Latinoamérica. Entre as atividades paralelas destaca-se o Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21”.

A programação acontece no Memorial da América Latina (Tenda Petrobras para o Cinema Latino-Americano, Biblioteca Latino-Americana e Galeria Marta Traba), Cinesesc, Cine Olido, Centro Cultural São Paulo (Sala Lima Barreto e Sala Paulo Emílio), Cinusp Maria Antonia, Cinusp Paulo Emílio, Reserva Cultural e Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca, Cinemateca Brasileira e Centro de Pesquisa e Formação – Sesc. Todas as projeções têm entrada franca.

A homenagem a Hector Babenco traz alguns de seus grandes sucessos, Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia, que alcançou 5,4 milhões de espectadores, Pixote, a Lei do Mais Fraco(1980), O Beijo da Mulher-Aranha, pelo qual William Hurt foi premiado com o Oscar de melhor ator, Coração Iluminado, Carandiru” e “O Passado”. Já Lírio Ferreira tem exibidos seus cinco longas-metragens (Baile Perfumado, Árido Movie, Cartola – Música para os Olhos, O Homem que Engarrafava Nuvens e Sangue Azul) e uma seleção de oito curtas, entre eles raridades de início de carreira e obras feitas para TV e museus. Uma mesa reúne, em 30/07, o cineasta pernambucano ao lado dos diretores Paulo Caldas, Kiko Goifman e Hilton Lacerda. Outro homenageado é o DJ Tutu Moraes, músico cuja carreira foi impulsionada como residente diário nas primeiras edições do festival e hoje realiza apresentações no exterior.

Entre os títulos recentes estão cinco premières mundiaisde longas-metragens brasileiros; Trago Comigo, de Tata Amaral; Sermão dos Peixe”, de Cristiano Burlan; Através, de André Michiles, Fábio Bardella e Diogo Martins; Não Estávamos Ali para Fazer Amigos, de Miguel de Almeida e Luiz R Cabral; e Trago Seu Amor, de Dellani Lima. Fazem ainda sua primeira exibição em São Paulo A Misteriosa Morte de Pérola, de Guto Parente; As Fábulas Negras, de Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf, Joel Caetano e José Mojica Marins; Condado Macabro, de Marcos DeBrito e André de Campos Mello; e Meia Hora e as Manchetes Que Viram Manchete, de Angelo Defanti.

Produções argentinas dominam a seleção internacional, com destaque para As Insoladas, novo filme de Gustavo Taretto (de Medianeras, Buenos Aires na Era do Amor Virtual); Morte em Buenos Aires, Natalia Meta, que tem no elenco Demian Bichir (indicado ao Oscar por Uma Vida Melhor, de Chris Weitz) e Chino Darín (filho do Ricardo Darín); Natureza Morta, de Gabriel Grieco, anunciadocomo o primeiro filme terror vegano do mundo; O Ardor , de Pablo Féndrik, protagonizado por Gael García Bernal e Alice Braga; e Ragazzi, do diretor cult Raúl Perrone, que tem mais 30 de títulos no currículo e é desconhecido no Brasil.

Outras obras presentes e inéditas no Brasil são Mar, coprodução Chile/Argentina selecionada para o Festival de Berlim e dirigida por Dominga Sotomayor; Sozinhos, da peruana Joanna Lombardi (de
Casadentro); Viva a Música, do colombiano Carlos Moreno, exibido no Festival de Sundance; e Videofilia (e Outras Síndromes Virais), a primeira produção peruana a vencer o Festival de Roterdã.

A seção Docs Musicais América Latina traz doze produções. Entre os brasileiros estão Dominguinhos, de Joaquim Castro, Eduardo Nazarian e Mariana Aydar; Eu Sou Carlos Imperial, de Renato Terra e Ricardo Calil; Gangrena Gasosa – Desagradável, de Fernando Rick; My Name is Now, Elza Soares, de Elizabete Martins Campos; Paulo Moura – Alma Brasileira, de Eduardo Escorel; Premê – Quase Lindo, de Alexandre Sorriso e Danilo Moraes; e Sabotage: O Maestro do Canão, de Ivan 13P. Os títulos internacionais, todos inéditos no Brasil, são os argentinos Pescado Rabioso – Uma Utopia Incurável, Blues dos Plomos e Não Tenho Nada, o colombiano Picó – A Máquina Musical do Caribe e o mexicano Lixo.

Já a competição Mostra Escolas de Cinema Ciba-Cilect reúne 43 filmes, de sete países, enquanto que 16 documentários estão na seçãoDocTV Latinoamérica, com destaque para o brasileiro Guataha.

O Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” reúne especialistas internacionais em cinco mesas: A Produção Audiovisual Latino-Americana na era Digital e Conectada. Possibilidades e Tendências; Escolas de Cinema e Audiovisual no Contexto Social, cultural e Profissional; A Web e o Audiovisual Latino-Americano. Produção e Distribuição na Rede; Novas Modalidades Temáticas, Dramatúrgicas e Estéticas; e Coprodução Internacional.
A curadoria do 10º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo é assinada por João Batista de Andrade, Jurandir Müller e Francisco Cesar Filho. O evento é uma iniciativa do Ministério da Cultura / Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com correalização da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Spcine e Sesc São Paulo, e apoio cultural da Prodesp – Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo e do Cinusp.