Acampados há 11 dias, operários da GM protestam contra demissões

Trabalhadores da General Motors realizaram nesta sexta-feira (24) um ato contra a demissão de mais de 500 operários que estavam em lay-off (suspensão temporária de contrato). Os trabalhadores estão acampados na calçada, em frente ao portão 1 da montadora, na cidade de São Caetano, há 11 dias.  

Por Joanne Mota

Marcelo Toledo - Foto: Joanne Mota

Em entrevista à Rádio Vermelho, Marcelo Toledo, metalúrgico da região do ABC e dirigente sindical da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), destaca que a GM que repassar a conta da crise mundial para os trabalhadores. "Nossa mobilização conta com forte apoio da sociedade civil, seguiremos acampados e em luta para reverter esse processo de demissões".

Toledo denunciou que "a GM demitiu trabalhadores com sequelas profissionais, ou seja, ela rompeu o acordo coletivo, já que este garante a estabilidade no emprego. A GM passa por cima do acordo coletivo para garantir seus lucros e interesses".

O presidente da CTB São Paulo, Onofre Gonçalves, afirmou que "as demissões são uma arbitrariedade da GM. A CTB já está buscando caminhos para reverter. Conversamos com o deputado Orlando Silva (PCdoB/SP) para iniciarmos um diálogo que encontre outro caminho. Não aceitaremos demissões sumárias".

Foto: Joanne Mota

PCdoB ao lado dos trabalhadores

"Vamos lutar em Brasília para reverter demissões da GM", afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB/SP) que participou de ato contra as demissões dos 550 trabalhadores da GM. Veja o discurso do deputado Orlando Silva (PCdoB/SP).