Diretor do Ciespal considera a Telesur um canal reivindicador

Em declarações à Prensa Latina antes de retomar os debates do Congresso Internacional Comunicação e Integração Latino-Americana, Sierra destacou que na última década a Telesur tem sido o lugar no qual se refletem as nações da região.

Para o acadêmico, a ideia do falecido ex-presidente venezuelano Hugo Chávez era enfrentar o capital e os interesses geopolíticos do norte que ativaram uma campanha para desqualificar processos como os que se desenvolvem na América Latina.

Celebramos os 10 anos de existência da Telesur e por isso -assegurou- devemos ter presente que a memória é cultura e futuro histórico, requisito indispensável para os processos de mudança.

Por esse motivo, expressou Sierra à Prensa Latina, “devemos insistir em ver a comunicação de uma óptica regional, porque nosso norte é o sul e pensar na comunicação como a reivindicação da memória. Requeremos fortalecer a cooperação para vigorizar o fluxo informativo, já que os meios são estratégicos na hora de impulsionar as políticas públicas. Sem um sentido correto para a implementação em escala regional de uma lei de informação, não se poderá ter igualdade de gênero e inclusão social”, acentuou.

Sierra explicou que, em sua opinião, o primeiro direito humano é o acesso à comunicação, sem esse aspecto cumprido não há liberdade de expressão nem se pode defender o direito à educação e à vida.

Mais objetivamente, disse, o Congresso Internacional Comunicação e Integração Latino-americana pretende brindar um espaço de conhecimento, debate, reflexão e participação em torno da comunicação como eixo central na integração dos povos.

Jornalistas, profissionais, pesquisadores e membros de instituições da região debateram sobre a fundação de uma nova ordem de informação durante o evento.