Gabrielli rebate matéria do Estadão sobre quadros de "alto valor"

Em nota, o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, rebateu as ilações lançadas por peritos da Polícia Federal e propagadas pela grande mídia de que a Odebrecht supostamente teria presenteado com quadros e pinturas "de alto valor" ex-dirigentes da estatal, entre eles os ex-presidentes José Sergio Gabrielli (2005/2012) e Graça Foster (2012/2015).

José Sérgio Gabrielli ex-preisdente da Petrobras - Agência Brasil

“Gostaria de compartilhar com vocês minha indignação com dois atuais episódios de massacre midiático a que fui submetido neste fim de semana: a ampla divulgação de um relatório de peritos policiais, sugerindo a quebra de meus sigilos bancários e fiscal, e um suposto brinde com pinturas de alto valor, oferecido pela Odebrecht, segundo o Ministério Público Federal do Paraná", afirma Gabrielli em resposta ao jornal O Estado de S. Paulo.

E completa: "É absolutamente falsa a informação de que recebi "pinturas de alto valor" como brindes da empresa Odebrecht. Os brindes que recebi foram livros editados pela empresa e outros brindes típicos. Nunca recebi quadros".

Para ele, "a enorme reprodução da nota do Estadão, com informação completamente desprovida de veracidade, vira verdade pela sua repetição sucessiva".

As investigações da Lava Jato destaca a apreensão de documento na sede da construtora intitulado "Relação de Brindes Especiais-2010", pratica essa feita por qualquer empresa, principalmente as de grande porte.

Na "listagem de brindes", segundo os investigadores, estavam diversos funcionários da Petrobras, o cargo por eles ocupado e a diretoria a que são vinculados e o respectivo 'brinde' recebido". Até ai, nada de mais, já que essa é uma prática de toda e qualquer empresa no mundo.

Mas os procuradores dizem que os brindes seriam pinturas de artistas como Alfredo Volpi, Cildo Meireles, Armando Romanelli e Oscar Niemeyer. No entanto, a publicação não apresenta provas que confirmem tais suposições. Apesar disso, os jornais publicaram como fato confirmado.

"A listagem é formada tão somente por funcionários do alto escalão da Petrobras. Como seu presidente à época, José Sergio Gabrielli de Azevedo, os diretores Maria das Graças Foster (na época, diretora de Óleo e Gás), Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Jorge Luiz Zelada (Internacional) e Nestor Cerveró (Internacional), além do então gerente executivo de Engenharia Pedro Barusco", disse a Procuradoria da República.