Falcão defende presunção de inocência de Dirceu e critica mídia

Em entrevista coletiva após reunião da executiva nacional do PT, nesta terça-feira (4), o presidente da legenda, Rui Falcão, criticou a campanha da mídia para atacar a sigla e defendeu o respeito ao direito de defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu nas investigações da Operação Lava Jato.

Rui Falcão presiente do PT

Para Falcão, é preciso garantir ao ex-ministro José Dirceu, preso na Operação Lava Jato, o direito de se defender. “Deve haver ônus (da prova) para quem acusa. Qualquer pessoa é inocente até que se prove o contrário. Dirceu é inocente até que se prove o contrário. Ele e todos os outros que foram acusados”, disse Rui Falcão, ressaltando que toda pessoa acusada tem que ter direito de ampla defesa e contraditória. “No Brasil, estão invertendo o princípio”, completou.

Rui também comentou o ataque à bomba contra o Instituto Lula, na última quinta-feira (30), classificando o atentado como “fascista e terrorista”.

Para ele, a forma superficial com que o ato foi abordado pela mídia mostra a tentativa de ignorar a violência contra o instituto que leva o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Resolução

A executiva do PT aprovou resolução política da que convoca uma “Jornada em Defesa da Democracia, dos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras e das Conquistas do Nosso Povo”. A legenda reforça a importância de participação da militância na Marcha das Margaridas, de 11 e 12 de agosto, no Ato Nacional pela Educação, no dia 14 de agosto, e no Ato Nacional dos Movimentos Sociais, de 20 de agosto.

“O PT exorta todos os seus militantes a construírem uma trincheira de luta pela democracia, pelos direitos dos trabalhadores/as, pelos direitos humanos, em defesa da Petrobras e do povo brasileiro. Que ninguém se cale! Levantemo-nos juntos!”, diz o texto.

Na resolução, PT volta a criticar a escalada conservadora da oposição, da mídia monopolizada e de agentes públicos. Para a legenda, os atos têm o objetivo de enfraquecer o governo da presidenta Dilma Rousseff, criminalizar o PT e atingir a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O clima de intolerância e ódio que vem sendo acirrado pelas forças conservadoras derrotadas pelas últimas eleições afronta a tradição do povo brasileiro e agrava os problemas que o país vem superando”, afirma o PT, na resolução.