“O choque tem que ser acompanhado pela ação”, diz Unicef

No momento em que as imagens comoventes do corpo de uma criança refugiada afogada em uma praia da Turquia, e de outras crianças asfixiadas em caminhões tentando cruzar a fronteira da Europa, dão a volta ao mundo e inundam as redes sociais, o diretor-executivo da Unicef fez um apelo urgente por uma ação que proteja as crianças.

“Não é suficiente que o mundo se emocione com essas imagens. A surpresa tem de ser acompanhada pela ação”, disse Anthony Lake.

Em um comunicado divulgado pela agência, Lake recomendou que todas as decisões sobre a crise dos refugiados e migrantes na Europa sejam tomadas estabelecendo como prioridades as necessidades das crianças, e que se tomem medidas para que recebam atenção médica, comida, educação, refúgio e proteção.

A Unicef calcula que ao menos uma quarta parte das centenas de milhares que fugiram para a Europa, são crianças, muitos dos quais provenientes da Síria e outras zonas de conflito. Este ano, umas 2.600 pessoas morreram ou desapareceram ao tentar cruzar o Mediterrâneo, disse nesta sexta-feira a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

"À medida que continuamos os debates políticos, nunca devemos esquecer a natureza humana profunda desta crise. Nem seu tamanho ", disse Lake.