Oportunidade: Ministério lança programa para jovem aprendiz 

Um novo programa de qualificação profissional – o Arco Ocupacional do Desporto – foi lançado nesta quinta-feira (10), em Brasília, pelo Ministério do Trabalho, como parte do Projeto Jovem Aprendiz. O objetivo é oferecer uma formação mais ampla aos jovens, de forma a aumentar suas possibilidades de inserção no mercado do trabalho.

estudante Letícia, a primeira a receber do ministro Manoel Dias a Carteira de Trabalho Digital em Brasília. - Blog do Planalto

Já disponível em São Paulo e no Rio de Janeiro, o Arco permite que estabelecimentos esportivos e clubes contratem aprendizes em setores diretamente ligados à prática esportiva e organização de eventos, e não somente em funções da área administrativa.

“Quem for contratado, terá direito a carteira assinada, aos benefícios trabalhistas e previdenciários. Os jovens terão tempo para estudar e trabalhar. As pesquisas mostram que 68% daqueles que ingressam no mercado de trabalho, continuam no mercado e 62% permanecem no primeiro emprego”, disse o ministro do Trabalho, Manoel Dias, ao lançar o programa.

O Arco Ocupacional do Desporto possibilita aos jovens principiantes no trabalho participar de aulas teóricas e práticas, cujos conteúdos foram desenvolvidos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo o ministro, o próximo arco temático dos jovens aprendizes será o da cultura.

Trabalho é constante preocupação na vída dos jovens

O tema trabalho é o que mais preocupa o jovem brasileiro em todas classes sociais. 52% acreditam que o emprego, além de atender suas necessidades financeiras, é responsável por seu crescimento e sua independência. "A necessidade é um fator importante, mas não é o único que leva o jovem ao mercado de trabalho", afirmou Gabriela Calanzas, uma das responsáveis pela pesquisa Perfil da Juventude Brasileira. Cerca de 32% dos 3.501 entrevistados, em 198 municípios, estão inseridos no mercado de trabalho, 20% estão tentando uma colocação e 90% dos jovens, de 21 a 24 anos, estão no mercado.

"Mesmo os pais com renda mais alta, têm filhos que estão inseridos no mercado de trabalho", disse a co-autora do livro Retratos da Juventude Brasileira.

A pesquisa confirma ainda que 37% dos trabalhadores não são registrados e que, deste total, 47% têm entre 15 e 17 anos. Dos 27% com carteira assinada, 37% têm entre 21 e 24 anos. "Quanto maior a renda e melhor o estudo do jovem, maiores são as chances de ele arrumar um emprego", constatou. Para 20% dos entrevistados, o ruim de ser jovem é a falta de trabalho e de renda. O desemprego supera problemas como drogas (17%) e controle familiar (15%). O estudo preocupa mais as garotas de 15 a 17 anos (28%) do que os garotos (14%).