Economista tucano celebra redução da renda: “Fiquei super feliz”

Quando a presidenta Dilma Rousseff diz que tem lado, reafirma um fato que volta e meia os tucanos admitem ser verdade. O economista tucano Samuel Pessôa é a mais recente liderança do PSDB que confirma essa premissa.

Samuel Pessoa economista tucano - Reprodução

Durante debate sobre o papel do Estado na economia, promovido pelo semanário das organizações Globo, a revista Época, e o Insper, ele soltou a pérola: “Quanto mais os salários reais caírem, mais rápido e indolor o ajuste vai ser”.

Mas se você pensou que a frase por si já é um absurdo, ele resolveu acrescentar: “Em maio, junho, fiquei super feliz porque as expectativas estavam mostrando uma queda de salário real de 5%. Economista é um bicho meio ruim, né? Salário real cai e a gente fica feliz”.

A pérola do tucano foi prontamente rebatida pelo professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo: “Totalmente ruim. Indolor para quem, cara pálida? Para a gente aqui é indolor, mas para o cara que ficou desempregado não é nem um pouco indolor”.

Samuel integrou a seleta equipe de notórios economistas da mesma estirpe que formou o plano de governo do candidato derrotado nas urnas Aécio Neves à Presidência da República. O tucano também defende teses como a taxação dos cursos de graduação. Com a renda que ele quer que os trabalhadores tenham, imaginem quem são os estudantes que continuarão nas universidades…

Aumento da renda dos trabalhadores é um tema que incomoda os tucanos. Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em setembro de 2014, Armínio Fraga, o guru econômico de Aécio, reclamou da interpretação feita sobre o aumento do salário dos trabalhadores brasileiros no governo de Dilma Rousseff. 

No artigo ele disse que salários no Brasil subiram “muito” e que isso “engessa o mercado” e que tem se pesar “custos e benefícios”.