TSE critica inconformismo tucano que lançou suspeitas sobre urnas

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateram as suspeitas lançadas depois que o PSDB entrou por ação pedindo “auditoria especial” do resultado das eleições. O presidente do TSE classificou como “lendas urbanas” as suspeitas disseminadas que tentam colocar dúvida sobre a captação e registro de votos pelas urnas eletrônicas. Ele lembrou que uma auditoria realizada pelo próprio PSDB no sistema de votação, concluiu não ter havido fraudes no processo.

Aécio neves e Carlos Sampaio

“O relatório apresentado pelo Partido da Social Democracia Brasileira, sobre eles [indícios de fraude] diz o seguinte: Todos eles foram verificados e não correspondiam à verdade. Ou seja, eram realmente lendas urbanas. A auditoria nesse sentido foi realmente exemplar”, afirmou Toffoli.

O ministro Herman Benjamin, recém-empossado como titular do TSE, criticou a auditoria dos tucanos e salientou que a proposta aventada pela legenda de implantar o voto impresso nas urnas eletrônicas para eventual checagem do sistema eletrônico é um “retrocesso”.

“Todo modelo pode ser aperfeiçoado tecnicamente, mas nós não podemos aceitar que no jogo do processo eleitoral, que tem as suas peculiaridades, as instituições e a produção boa dessas instituições em favor do país venham a receber ressalvas que não sejam aquelas estritamente técnicas”, enfatizou.

Benjamin também criticou o fato da ação ter sido baseada em boatos da internet. No pedido de investigação assinado pelo coordenador Jurídico Nacional do PSDB, o deputado Carlos Sampaio (SP), os tucanos afirmavam que não estavam colocando em dívida a lisura da apuração e o trabalho do TSE, mas que com base nas manifestações nas redes sociais “uma somatória de denúncias e desconfianças”.

O ministro rebateu: “Os fofoqueiros da internet não têm a credibilidade dos partidos políticos e sobretudo dos partidos políticos que gozam de grande representatividade e de uma história. O apelo que fiz aqui foi muito mais dirigido aos partidos políticos, porque são eles que têm o dever primeiro de zelar pela própria instituição da Justiça Eleitoral, não só do TSE”.