Petroleiros em greve realizam ato na Praça do Ferreira

O ato ocorreu em conjunto com diversos movimentos sociais pela defesa da greve dos petroleiros e da Petrobras. A luta tem pauta política contra o processo de privatização da empresa.

Os petroleiros completaram seu décimo dia de greve na última terça-feira (10/11). A data foi marcada por um ato público em Fortaleza, em conjunto com diversos movimentos sociais pela defesa da greve e da Petrobras. A manifestação ocorreu durante toda a manhã, na Praça do Ferreira.

O objetivo é dialogar com a população sobre a importância da Petrobras para o Brasil. Motivo principal da greve não é a luta por melhores salários ou benefícios, mas barrar o processo de privatização em curso na Petrobras e garantir os direitos já conquistados pelos trabalhadores. Entenda por que esta é "uma greve pelo Brasil", como explica o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí (Sindipetro/CE-PI), Oriá Fernandes.

"Na pauta da greve dos petroleiros, a luta para barrar o fatiamento e a privatização da Petrobras e, ao mesmo tempo, defender a independência energética e soberana do Brasil. Essa também é uma luta nossa", afirmou o presidente da CUT-CE, Wil Pereira, também presente na manifestação da Praça do Ferreira.

Rodada de negociação

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os seus sindicatos filiados realizaram na segunda-feira (09), a primeira rodada de negociação com a Petrobras sobre a Pauta pelo Brasil. A empresa ignorou por quatro meses as propostas da categoria, empurrando os petroleiros para o confronto.

Foi preciso uma greve histórica, para que a Petrobras reconhecesse a Pauta pelo Brasil, cujas reivindicações não são por salários, mas em defesa da soberania nacional e para que a empresa volte a ser a indutora do desenvolvimento do país, preservando empregos, condições seguras de trabalho e a as conquistas sociais do povo brasileiro.

A orientação, portanto, é que a greve iniciada no dia primeiro de novembro prossiga forte em todo o país para que a FUP e os seus sindicatos continuem pressionando a empresa a avançar no processo de negociação.

Nota Conjunta

Fonte: CUT-CE