General curdo diz a terroristas na Síria: "Rendam-se, fujam ou morram"

As tropas curdas nesta quinta-feira (12) iniciaram uma grande operação militar contra o grupo terrorista Estado Islâmico na cidade de Sinjar no norte do Iraque. A cidade é cruzada por um dos canais chaves de fornecimentos para os militantes, diz a agência France-Presse, citando um dos altos oficiais do exército.

Soldados curdos mostram bandeira e pertences capturados do Estado Islâmico em Sinjar

Já o comandante da operação da Peshmerga, forças de autodefesa curdas que combatem o Estado Islâmico, general Teyib Abdullah Gerdi, em entrevista à agência Sputnik, observou que à graças à operação contra os jihadistas, o grupo terrorista está tendo grandes perdas em equipamentos e mão de obra.

Segundo ele, durante a operação foi eliminado o chefe de inteligência do Estado Islâmico na região de Sinjar, Abu Jihad.

Teyib Abdullah Gerdi disse que não fazem parte da operação as forças do governo central do Iraque, e que luta é composta pelas tropas Peshmerga e um pequeno número militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e das Unidades de Proteção Popular curdas (YPG). "Mais de 7.000 combatentes do Peshmerga participam na operação, e outros de 20 mil estão prontos para lutar a qualquer momento", disse Gerdi.

Sobre o andamento da operação, o general Gerdi disse que "a estrada que liga as regiões de Mosul e Sinjar, ficou sob o controle das tropas Peshmerga. O Estado Islâmico está à procura de rotas de fuga. As forças Peshmerga estão usando artilharia pesada. Há agora apenas três opções ao Estado Islâmico: retirada, rendição ou ser destruído".

O comandante observou também que graças ao sucesso de Peshmerga as pessoas locais têm esperança no fim das ilegais de terroristas. "A grande maioria da população acredita em nossa força e a esperança de que a operação será concluída com êxito é grande", acrescentou Gerdi.

Não há frente unida de combate contra o Estado Islâmico: contra o grupo lutam forças governamentais da Síria (com apoio da aviação russa) e do Iraque, uma coalizão internacional liderada pelos EUA (limitando-se com ataques aéreos), assim como curdos e milícias xiitas libanesas e iraquianas. Na sequência das hostilidades morreram milhares de civis e alguns milhões tornaram-se refugiados.