Inteligência confirma que Airbus russo foi derrubado por explosão

Segundo o chefe do Serviço Federal de Segurança russo (FSB), Aleksandr Bortnikov, a bordo do A321 detonou um engenho explosivo de fabrico caseiro com uma potência de 1kg de TNT.

Restos do Aibrus A321 da Kogalymavia destruído quando sobrevoava o Deserto do Sinai

O exame dos bens pessoais e destroços do avião mostrou vestígios de um explosivo de fabricação estrangeira a bordo do A321, disse Bortnikov.

O presidente russo Vladimir Putin disse que a tragédia do A321 é um dos crimes mais sangrentos. "O assassinato dos nossos cidadãos no Sinai está entre os crimes mais sangrentos, tendo em conta o número de vítimas. Não enxugaremos as lágrimas da nossa alma e do nosso coração. Isso ficará conosco para sempre. Mas isso não nos impedirá de encontrar e castigar os criminosos", disse Putin na reunião sobre os resultados da investigação da queda do A321.

Putin também disse que os ataques da Força Aeroespacial russa contra os terroristas devem não somente continuar mas ainda se intensificar. "As ações da nossa aviação militar devem não apenas continuar mas ser reforçadas de tal modo que os criminosos percebam que a desforra é inevitável", destacou Putin.

O presidente russo advertiu os que tentem ajudar os culpados da tragédia no Sinai. "Todos os que tentem prestar apoio aos criminosos devem saber que as consequências de tais tentativas de encobrimento serão da sua responsabilidade. Peço a todos os nossos serviços secretos que se concentrem nestes trabalhos", afirmou Putin.

Putin sublinhou que a Rússia conta com o apoio dos parceiros estrangeiros para encontrar e castigar os culpados do atentado a bordo do avião russo A321.

"Peço ao Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa que apele a todos os nossos parceiros. Contamos com o apoio de todos os nossos amigos no processo destes trabalhos, inclusive para encontrar e castigar os criminosos", disse Putin.

Em 31 de outubro, sábado, um Airbus A321, pertencente à empresa russa Kogalymavia, saiu do aeroporto da cidade balneária de Sharm el-Sheikh, no Egito, rumo ao aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo (Rússia).

Atravessando o céu sobre a península do Sinai, desapareceu dos radares e cessou de responder aos gerentes de voo. Em breve, se confirmou a queda do avião em um lugar da península. A aeronave ficou despedaçada no chão.

Todos os 217 passageiros e 7 membros da tripulação morreram.