Dilma cobra do setor automotivo mecanismo que reduza morte no trânsito

Durante a abertura da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, nesta quarta-feira (18), a presidenta Dilma Rousseff cobrou da indústria automobilística que incorpore nas linhas de produção tecnologias de segurança que ajudem a reduzir as mortes no trânsito.

Dilma Seguranca-Transito - Agência Brasil

Para a presidenta, "não há desculpas" para não se investir em segurança no trânsito. "É fundamental que a indústria automobilística incorpore tecnologias de segurança nas linhas de produção em todo o mundo. É fundamental que se padronize equipamentos, como por exemplo os capacetes", disse.

O setor foi um dos mais beneficiados com isenções fiscais nos últimos anos. Dilma salientou que os países em desenvolvimento são responsáveis por mais de 90% das mortes, ainda que detenham apenas 54% da frota mundial.

"A prioridade hoje é prevenir acidentes. De 2012 a 2013, por exemplo, a Lei Seca diminuiu o número de mortes no trânsito em 6%. Essa redução é a primeira consistente após mais de uma década de aumento", enfatizou.

Ela também destacou que os acidentes acarretam, além das perdas humanas, em prejuízos que representam 3% do PIB mundial e 5% do PIB dos países em desenvolvimento.

Ela avaliou que a cooperação internacional “permite identificar desafios comuns, encurtando o caminho para soluções também comuns” e que o tema requer soluções construídas coletivamente, com responsabilidade primária dos governos.

“É responsabilidade dos governos engajar-se nos debates do fórum da ONU para harmonização da regulamentação de veículos”, apontou.

A segurança no trânsito compõe um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, parte da Agenda 2030 ratificada pelo Brasil durante a Assembleia Geral da ONU deste ano. Dilma demonstrou que o país está empenhado em promover a mobilidade segura de todos os cidadãos, especialmente dos mais vulneráveis, os mais expostos ao tráfego pesado. Ela citou exemplos bem-sucedidos, como a Lei Seca, que entre 2012 e 2013, contribuiu para diminuir as mortes em 6%.

“Ainda é muito elevada a morte por causas relativas ao uso de álcool”, ponderou a presidenta. Contudo, ela apontou que “é a primeira redução consistente após mais de uma década de aumento”.