Renan vai determinar que golpistas desocupem a frente do Congresso

O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou que a Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia Federal investiguem a existência de armas ou de materiais perigosos no acampamento do grupo ligado à oposição golpista, o Movimento Brasil Livre (MBL), que montou um acampamento em frente ao Congresso Nacional.

Sem alternativa, Renan espera que Congresso vote meta fiscal - Agência Senado

Decisão foi tomada após os golpistas jogarem bombas caseiras em mulheres do movimento negro que faziam uma manifestação contra o racismo, por ocasião do Dia da Consciência Negra, o 20 de novembro.

Quando a Marcha das Mulheres Negras 2015 passou em frente ao acampamento do MBL, as manifestantes foram agredidas com atitudes e palavras racistas dos membros do MBL e da própria polícia, que lançou gás de pimenta. Duas pessoas foram presas por porte ilegal de arma e tiros foram disparados.

O acampamento gerou uma série de reclamações por parte dos parlamentares no plenário da Câmara. Situação levou o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros a afirmar que não deu autorização para que os membros do MBL montassem o acampamento no gramado do Congresso.

Desde 2001, estão proibidas quaisquer tipos de construção na área do gramado do Congresso. Acampamento, porém, foi autorizado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no final de outubro.

“Nós não concordamos com a ocupação”, afirmou Renan Calheiros. Ele informou que irá procurar Cunha mais uma vez para decidir de forma conjunta a desocupação do espaço.