Ato orienta para unidade do movimento social contra o impeachment

Sindicalistas, partidos políticos, lideranças estudantis, trabalhadores sem terra, mulheres, movimento negro e comunitário firmaram nesta segunda (7), em São Paulo, um pacto pela defesa da democracia e do mandato da presidenta Dilma Roussef. 

 Na presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi dando o pontapé inicial para uma agenda articulada entre os diversos segmentos do movimento social do país.

Antes da agenda do impeachment entrar na rotina da câmara dos deputados, as centrais de trabalhadores se movimentavam para apontar um novo caminho para a superação da crise.

“O caminho é a retomada dos investimentos, das grandes obras de infraestrutura, a ampliação consequente dos movimentos sociais. Essa agenda chantagista do impeachment é mais um entrave à superação da crise”, afirmou Adilson Araújo, da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

“Pra gente ficou de forma mais clara que não há outra saúda que não seja fazer a luta  em torno da democracia que ganha em centralidade diante deste quadro politico que a gente está enfrentando”, avaliou o sindicalista.

Para o secretário nacional de movimentos sociais do PCdoB, André Tokarski, o encontro com Lula foi a largada para uma ação unificada e coesa de todos que tem compromisso com a democracia no país.

“Temos aqui diversas posições, centrais e partidos, mas todos vieram aqui se unir em torno da legalidade do mandato da presidenta Dilma”, observou André.

Bartíria Costa, do Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam), disse que com a deflagração do impeachment, todos irão se mobilizar para defender as conquistas dos últimos 12 anos.

“A dona de casa que conseguiu sua casa própria e aquele que saiu da linha da pobreza vai colocar isso na conta na hora de se posicionar em relação ao impeachment”, ressaltou.

Na opinião de João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST), foi positiva a presença de todas as forças do campo popular na iniciativa desta segunda.

“Os indicativos de hoje foram uma boa orientação política pra que possamos fazer a jornada de lutas”, disse João.

O encontro apontou para a atuação do movimento social nas ruas e a necessidade de unificar o movimento em defesa do mandato da presidenta Dilma.

Na noite desta segunda acontecem novas reuniões entre as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para a definição de um calendário articulado de lutas contra o impeachment.