Cunha: não haverá votações no Plenário até decisão do STF

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou em entrevista no Salão Verde que não haverá mais votações no Plenário da Casa até a decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tramitação do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Eduardo Cunha PMDB-RJ - Agência Brasil

O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), já havia anunciado que a oposição vai permanecer em obstrução nas votações da Câmara dos Deputados até que haja uma definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ação do PCdoB que questiona o rito a ser adotado em processo de impeachment.

Por outro lado, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu que a Casa continue trabalhando, independentemente da decisão do STF.

“Nós temos matérias importantes para votar, medidas provisórias, a PEC dos Precatórios, que é de interesse inclusive de governadores do PSDB. Não é razoável o Congresso ficar paralisado”, afirmou.

Guimarães defendeu ainda que o Congresso trabalhe durante o recesso (23 de dezembro a 1º de fevereiro). “O governo tem pressa na solução dos problemas políticos”, resumiu.

A sessão do Plenário desta quarta-feira (9) foi encerrada sem votações. Os deputados analisariam as medidas provisórias e projetos de lei que trancam a pauta. Nesta quinta-feira (10), também não houve votações.

Sem condições

Para a líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), O presidente da Câmara, Eduardo Cunha não tem mais condições de continuar no comando da Casa. Nesta quarta (9), a Bancada Comunista juntou-se a parlamentares de sete partidos – PT, PDT, Psol, PSB, Rede, PTN e PTdoB – e procurou a Procuradoria Geral da República para pedir o afastamento de Cunha. A deputada Jandira Feghali (RJ), defende que Cunha não é apto para o cargo, já que tem demonstrado falta de isenção ao fazer com que prevaleçam os próprios interesses.