Metrô de SP manda funcionários ampliarem jornada para ato pró-golpe

A direção do Metrô de São Paulo soltou um email aos supervisores, exigindo que todos os funcionários que iriam entrar para trabalhar pela manhã neste domingo (13), estendessemm sua jornada até mais tarde, e os que entrariam à tarde, antecipassem sua entrada para o meio dia.

metro de sao paulo

E está pressionando os funcionários de folga a fazerem hora extra, pois, segundo o email, todas as bilheterias deveriam estar abertas para atender à população que iria participar do ato chamado pela direita.

“As estações deverão antecipar a entrada do turno da tarde para às 12h30, essas estações devem manter todos os quches (sic) de bilheteria abertos, a saída do turno manhã está condicionada a liberação pela Mesa de Contingência”, afirma o e-mail. A CUT-SP avaliava se recorreria ao Ministério Público contra a medida, por uso da máquina.

Esta não é a primeira vez que o metrô, administrado pela gestão do tucano Geraldo Alckmin, se envolve em polêmicas relacionadas a atos da direita. No dia em 15 de março, o metrô liberou temporariamente as catracas para manifestantes que protestavam contra o governo da presidente Dilma Rousseff e o PT.

Aquela foi a primeira vez que a companhia optou por liberar o acesso em uma manifestação. Em massivos protestos realizados pelo Movimento Passe Livre, por exemplo, a atitude foi fechar estações e atacar ativistas.