Justiça suspende reorganização e Alckmin sofre nova derrota

Nesta quarta (16) a Justiça paulista atendeu pedido de liminar da Defensoria Pública e do Ministério Público de São Paulo e suspendeu o projeto de reorganização escolar, proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). 

ocupação estudantes paulistas - Rosa Rovena/Agencia Brasil

De acordo com a decisão, a rede estadual de ensino permanecerá como está e os alunos continuarão em suas escolas de origem, que deverão aceitar novas matrículas.

O comando das escolas em luta divulgou nas redes sociais nesta quinta (17) que vai realizar uma desocupação coletiva que se iniciará as 12 horas de sexta (18) até as 12 horas da segunda (21).

A nota do comando diz que “que as ocupações já cumpriram sua função e que é hora de mudar de tática”. Ainda de acordo com o texto, “acreditamos que a melhor forma de mostrar a nossa força é fazendo uma desocupação em conjunto”.

O movimento também se mantém mobilizado para uma nova manifestação na próxima segunda (21), com concentração no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp).

Reorganização

Sem prévio debate com a comunidade escolar, professores, estudantes e pais, o governador Geraldo Alckmin anunciou a implantação do projeto de reorganização escolar no final de outubro.

Estava previsto o fechamento de 92 escolas, com as demais sendo organizadas por ciclos únicos. Em protesto à falta de debate em torno do projeto, estudantes começaram, em novembro, a ocupar as escolas estaduais por todo o estado.

Com o aumento das ocupações a Polícia Militar protagonizou ações de repressão contra os estudantes, tanto nas escolas, quanto em manifestações públicas.

No período pesquisas apontaram queda na avaliação do governo Alckmin, que no início de dezembro decidiu adiar a reorganização. Sem garantias, os estudantes mantiveram algumas das ocupações.