Ações em São Paulo e Brasília ampliam atendimento humanizado à mulher

A Casa da Mulher Brasileira de Brasília ganhará mais visibilidade neste ano entre as ações da secretaria da mulher no Distrito Federal. Na cidade de São Paulo a secretaria de políticas para mulheres inaugurou no final de 2015 um hospital com atendimento humanizado para a hora do parto. É o primeiro hospital de alta complexidade da capital paulista.

Fachada da Casa da Mulher Brasileira em Brasília - Casa da Mulher Brasileira

Em entrevista a Rádio Nacional de Brasília, a secretária da mulher no DF, Silvânia Matilde, ressaltou a importância do equipamento no combate à violência contra mulher e que resultou de uma luta histórica do movimento de mulheres.

“É uma casa que está toda equipada para receber essa mulher vítima de violência. Temos aqui Deam, juizado especial, defensoria, ministério público, exatamente pra evitar que a mulher fique naquela via-crúcis que antigamente ficava. Ela era revitimizada. Então ela chegando na casa da mulher ela é atendida de todas as formas, em todo o acolhimento que é necessário para este tipo de caso”, explicou Silvânia.

O DF é a unidade da federação com maior número de denúncias de violência contra a mulher. Dados da secretaria especial de políticas para as mulheres, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos apontam que em 2012 o DF liderava o ranking com 625,69 denúncias por grupo de 100 mil habitantes no primeiro semestre daquele ano.

Capitais brasileiras

Foram inauguradas em 2015 as casas da mulher brasileira de Brasília e Campo Grande (MS). A secretaria especial de políticas para as mulheres, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, planeja implantar 27 equipamentos em todo o Brasil até 2018.  A casa da mulher brasileira faz parte do programa Mulher, Viver Sem Violência do governo federal.

No mês de dezembro foi lançada em São Paulo a pedra fundamental da casa da mulher brasileira. No mesmo mês a secretaria de políticas para mulheres da cidade inaugurou um hospital com Maternidade, três Centros de Parto Normal (CPNs) e UTI Neonatal, com previsão para iniciar o funcionamento no início de 2016.

São 33 leitos em quartos individuais para a mãe e seu bebê; três salas de parto natural com leitos cirúrgicos especiais para facilitar o momento do nascimento; 11 leitos para UTI neonatal; 12 leitos para cuidados intermediários (berçário); e três centros cirúrgicos para os casos nos quais a cesariana é realmente necessária.

Além dos atendimentos diferenciados às grávidas na hora do parto, o Hospital inicia a primeira fase de funcionamento com Banco de Sangue, Ambulatório do Programa de Transplante e UTI Adulto.

O Hospital Municipal Vila Santa Catarina é gerenciado em parceria com o Hospital Albert Einstein, por meio de um convênio inédito na cidade, e todos os serviços de alta qualidade são para as/os pacientes do SUS e 100% gratuitos. 

Movimento de prontidão

A secretária nacional da mulher do PCdoB, Liége Rocha, afirmou que é bom começar o ano com boas novas. “As perspectivas são boas em relação às políticas para as mulheres. Encerramos o ano com conferências estaduais de políticas para mulheres vitoriosas, tanto no Rio de Janeiro quanto no Maranhão. No Estado da Bahia foram mobilizados 300 municípios em torno do tema”, afirmou Liége.

Segundo ela, o movimento de mulheres começa 2016 na perspectiva da 4ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, prevista para ser realizada no primeiro semestre deste ano.

“A intensificação das ações em torno dos direitos das mulheres demonstram que estamos atentas e mobilizadas para tudo que estiver relacionado às políticas públicas dos direitos das mulheres”, disse.