Bancos públicos vão expandir crédito, diz ministro da Fazenda
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada neste domingo (10), afirmou que os bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, ajudarão a expandir a oferta de crédito na economia em 2016, principalmente para o setor da construção civil.
Publicado 10/01/2016 12:23
“Há uma liquidez nos agentes financeiros públicos e no FGTS que pode ser utilizada para expandir o crédito em atividades prioritárias, como infraestrutura, habitação, saneamento e capital de giro de pequenas e médias empresas. É o que vamos fazer”, disse ele, ressalvando que não haverá subsídios nesses financiamentos, como ocorreu no primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff.
“Nos bancos públicos e no FGTS há liquidez. Hoje o problema não é de oferta, é mais de demanda. Mas podemos melhorar o foco das nossas políticas de crédito direcionado para atender às demandas principais da economia, de setores que querem investir e não têm recursos”, completou.
Ele afirmou que o governo pretende intensificar o programa de concessões. A proposta tem gerado críticas de setores que consideram a medida privatizante. “Colocamos quatro aeroportos para concessão. Recebemos estudos sobre três ferrovias e estamos também concluindo negociações para novos investimentos em concessões existentes, como na Via Dutra. Há uma agenda de melhoria do ambiente de negócio e medidas para simplificar e desburocratizar a vida das empresas e das famílias”, disse o ministro.
Barbosa também garantiu que haverá rigor fiscal. “Primeiro temos de aumentar a previsibilidade, sobretudo a fiscal. Hoje o maior desafio do Brasil é o fiscal, e ele só depende de nós mesmos”, afirmou, antes de garantir que a meta de 2016 será cumprida.
“Somos todos a favor de um ajuste do tamanho necessário para equilibrar as contas públicas e estabilizar o nível de atividade econômica. O que houve ao longo do ano do passado foi que as previsões sobre crescimento e arrecadação acabaram não acontecendo. Isso levou a uma necessidade de o governo fazer ajustes”, acrescentou.