Bolívia chega à reta final para decidir se Evo continua em 2019

Termina nesta quarta-feira (17) o prazo para as campanhas em defesa do “sim” e do “não” para o plebiscito que decidirá uma emenda constitucional para permitir que Evo Morales se candidate à presidência novamente em 2019 ou não. Depois de pouco mais de um mês de campanha, os bolivianos vão às urnas neste domingo (21).

Evo Morales - Reprodução

Durante a campanha tanto os defensores do “sim”, quanto do “não” tiveram o mesmo espaço para defender seus pontos de vista sobre o tema. De forma democrática e transparente as campanhas receberam o mesmo tempo de divulgação na TV e no rádio e o mesmo espaço em veículos impressos de comunicação.

Enquanto a campanha pelo “sim” foi propositiva e tentou mostrar o que a Bolívia tem a ganhar se decidir pela continuidade da revolução iniciada por Evo Morales há dez anos, os defensores do “não” atacaram o presidente com acusações e não mostraram de forma clara um projeto de governo para contrapor a atual gestão.

“O não nasce em Washington” é a acusação que Evo Morales faz aos seus opositores. Segundo o presidente, os recursos para a campanha da oposição vieram dos Estados Unidos, bem como as orientações políticas. Recentemente a ministra da Comunicação da Bolívia, Marianela Paco, apresentou provas contra parlamentares da direita que mantém relações com o país ianque a fim de enfraquecer a revolução na Bolívia.

“Para o dia 21 de fevereiro só há dois caminhos: quem está com o ‘sim’ está com o povo boliviano. Quem está com o ‘não’ está com o imperialismo norte-americano”, denunciou Evo.

A expectativa é que 6,5 milhões de pessoas compareçam às urnas. A Unasul enviará uma comissão de autoridades de diversos países do continente para acompanhar o processo e garantir a manutenção da democracia. Cerca de 15 mil policiais e 12 mil soldados serão destacados para fazer a segurança dos locais de votação no dia 21. De acordo com pesquisa divulgada pela Equipos Mori, 41% da população está disposta a votar pelo “sim”, enquanto o “não” tem 37% das intenções de voto.