Bolivianos não aprovam reforma constitucional

O Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia informou nesta terça-feira (23) que a opção “não” para a reforma constitucional venceu o plebiscito com 51,31% de respaldo da população. Logo, o presidente Evo Morales e seu vice, Álvaro García Linera, não poderão se candidatar uma vez mais em 2019. O “sim” recebeu 48,69% dos votos.

Referendo na Bolívia - ABI

“Não só respondemos ao compromisso como avançamos no fortalecimento de nossa democracia”, disse a presidenta do Tribunal Supremo Eleitoral, Katia Uriona. Segundo ela, o TSE garantiu um processe eleitoral confiável e transparente.

O referendo pretendia alterar o artigo 168 da Constituição da Bolívia, a fim de garantir que o presidente Evo se candidatasse pela quarta vez nas eleições de 2019. Com o resultado, o mandato presidencial continua sendo de cinco anos, e poderá haver apenas uma reeleição.

Depois do anúncio do resultado oficial, Evo reiterou que o referendo não muda o que foi alcançado nos últimos dez anos. “Igual fizemos história, não como derrotados”. A Bolívia registrou o maior crescimento econômico das últimas três décadas e passou a ser um país de investimentos médios durante a gestão do presidente indígena.