Daniel Almeida quer medidas de combate à violência contra jornalistas

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) apresentou no início deste ano, um relatório sobre casos de violência contra jornalistas e a liberdade de imprensa no Brasil em 2015. O levantamento registrou 137 ocorrências, oito a mais do que as 129 registradas no ano anterior. O assunto mereceu a atenção do deputado Daniel Almeida (BA), líder do PCdoB na Câmara, que pediu segurança para os profissionais de imprensa. 

Daniel denuncia violência contra jornalistas e cobra providências

“Neste ambiente de insegurança para o exercício do jornalismo, faço um apelo para que o poder público, especialmente os órgãos de segurança pública, respeitem o direito democrático de atuação da imprensa, contribuam com a atuação destes profissionais, assim como apurem, de imediato, os casos ocorridos”, afirmou, repercutindo a preocupação da Fenaj com o crescimento das agressões à categoria no ano passado.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) também chama atenção para o fato. Segundo a associação, em 2015, o Brasil voltou a se mostrar um dos países mais perigosos para o exercício da atividade jornalística, com o registro de oito mortes de profissionais no exercício da profissão. A associação aponta o Brasil como o quinto país mais perigoso para a atuação do jornalista, no mundo.

De acordo com levantamento da Press Emblem Campaign (PEC), organização não governamental mantida por jornalistas com sede na Suíça, o Brasil subiu cinco posições em relação à ultima pesquisa, e ocupa agora a 5ª colocação como país mais letal para os jornalistas, à frente de nações em guerra como Líbia, Iêmen e Sudão do Sul.

O número de assassinatos de jornalistas caiu, mas cresceu o de assassinatos de outros comunicadores. Em 2014, três jornalistas e quatro comunicadores foram assassinados. Já em 2015, houve duas mortes de jornalistas e nove mortes de outros comunicadores.

Dos assassinatos de jornalistas e outros comunicadores ocorridos em 2015, apenas em um caso – do radialista Gleydson Carvalho – os assassinos e os mandantes foram identificados e denunciados pelo Ministério Público, registra o relatório da Fenaj, que considera que a impunidade o principal fator do crescimento da violência.