Dilma encerra visita ao Chile em reunião com economistas da Cepal

“Equilibrar o orçamento […] não é um fim em si. Você faz isso porque é essencial para que se crie um ambiente favorável ao investimento”, disse a presidenta Dilma em entrevista a jornalistas, neste sábado (27), em Santiago, no Chile. 

Dilma em reunião da Cepal no Chile - Foto: Robert Stuckert

Uma das ações necessárias para isso é estabilizar a situação fiscal do país, o que passa necessariamente por uma reforma previdenciária. Dilma explicou que isso não é sinônimo de tirar direitos dos trabalhadores. “O Brasil tem sólidas estruturas. Precisa agora de uma âncora no fiscal, precisa de uma reforma previdenciária, não para tirar direitos do trabalhador, mas para garantir esses direitos no futuro.”

A presidenta também defendeu que esta é uma reforma que não deve mudar regras da aposentadoria no curto prazo. “Podemos fazer uma reforma com tranquilidade em que você absorva todas as expectativas de direito. Mas que reconheça uma realidade, que é o fato, muito bom, que a população do Brasil está envelhecendo porque nossa expectativa de vida aumentou. E aqueles que trabalham vão ter que, progressivamente, sustentar uma parte maior da população que é a que não trabalha: os que se aposentam e as crianças e os jovens.”

A presidenta destacou ainda que é necessário que se aumentem as receitas. “Nós não passamos por essa ponte sem receitas. E daí a importância da CPMF. Tudo isso só [se] faz por um motivo: queremos voltar a crescer”, afirmou a presidenta. “Para isso é importante que haja também investimentos”, apontou, “tanto do setor privado quanto do público”. Ainda em 2016, o governo vai realizar leilões de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias.

Dilma defendeu que haja um clima de união que favoreça o Brasil a recuperar o grau de investimento. “O Brasil precisa se unir. Os empresários, os que geram emprego e renda, percebem a força do Brasil.”  

Dilma: Orçamento equilibrado ajuda a atrair investimento