Deputados destacam luta pela eliminação da discriminação racial 

Em memória à tragédia ocorrida há 56 anos, em 21 de março de 1960, na cidade de Johanesburgo, capital da África do Sul, quando o exército atirou sobre a multidão que protestava contra a lei do passe, matando 69 pessoas e ferindo outras 186, a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, que é comemorado desde 1969. 

Deputados destacam luta contra eliminação da discriminação racial

Neste 21 de março, a presidenta nacional do PCdoB e o líder do Partido na Câmara – deputados federais Luciana Santos (PE) e Daniel Almeida (BA) destacaram a luta do povo sul-africano contra a política do “apartheid” e a do povo brasileiro contra o racismo “camuflado”. A data foi lembrada como “símbolo do enfrentamento ao racismo e promoção da igualdade racial.”

De acordo com a deputada Luciana Santos, a luta pelo fim da discriminação racial é estruturante no país porque é um dos pilares do exercício da democracia. “Nossa história é marcada por mais de 300 anos de escravatura. Até hoje, persistem os cortes de desigualdade, de discriminação e de preconceito, herança desse período. Por isso mesmo precisamos reafirmar a possibilidade, a persistência, a disposição e a vontade política de acabar com a discriminação racial e fazer valer um país mais justo, mais igual”.

O deputado Daniel Almeida destacou que, no Brasil, a data marca ainda o aniversário de criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), agora como Secretaria Especial do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que, este ano, completa 13 anos de atuação no enfrentamento ao racismo e promoção da igualdade racial aqui no Brasil.

“Consideramos que com criação da Seppir, consolidou-se no Brasil o processo de institucionalização da temática racial. Isso ocorreu após décadas de negação da existência do racismo no nosso país e de seus efeitos sobre as desigualdades sociais”, disse o deputado, destacando como outras conquistas importantes a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e a sanção da Lei de Cotas na educação e no serviço público federal, pela presidenta Dilma Rousseff.

Para ele, a partir de então, “tem-se pela frente o desafio de aprofundar as políticas de ação afirmativa porque, apesar de as condições de vida da população negra terem melhorado na última década, as desigualdades continuam bastante elevadas.”