CTB SP debate ameaças aos trabalhadores nesta quinta (5)

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, realiza nesta quinta-feira (05), um debate sobre o Golpe em marcha no país e os 55 Projetos de Lei em Tramitação no Congresso que representam uma ameaça aos direitos da classe trabalhadora. 

Adilson Araujo no primeiro de maio

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) fez um levantamento em que enumera 55 itens que ameaçam direitos sociais e trabalhistas atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado.

 
Entre os projetos de lei citados estão: a regulamentação da terceirização sem limites; impedimento do empregado demitido de reclamar na Justiça do Trabalho; o fim da exclusividade da Petrobras na exploração do pré-sal; instituição do Estatuto da Família; e até mesmo a alteração da Constituição dando direito a entidades de cunho religioso de propor Ações de Constitucionalidade diante do STF.
 
O debate acontece no Sindicato dos Marceneiros, a partir das 18h30, e contará com a participação do deputado federal Orlando Silva e do presidente da CTB Nacional, Adilson Araújo.   
 
“É preciso ter consciência de que o alvo não é só Lula ou Dilma, mas a nação, cuja soberania já está sendo empenhada pelos golpistas e o povo em geral. A classe trabalhadora brasileira e os movimentos sindicais que a representam são e serão certamente as principais vítimas da investida reacionária, cabendo alertar neste sentido que no Congresso Nacional, cada vez mais na contramão dos interesses democráticos e populares, 55 projetos de lei ameaçam direitos sociais”, alerta o presidente da CTB.
 
Além dos projetos em tramitação, outra preocupação dos sindicalistas se refere ao projeto “Ponte para o Futuro”, apresentado PMDB do vice-presidente, Michel Temer, um dos articuladores do golpe. O projeto não prevê a manutenção da política de valorização do salário mínimo, assim como não contempla nenhuma das políticas sociais implementadas pelo atual governo.
 
“É muito importante ter em mente que uma das consequências mais ameaçadoras de uma eventual aprovação do impeachment é o fim da valorização do salário mínimo”, afirma Adilson Araújo, lembrando que lideranças da oposição defendem uma política de arrocho salarial semelhante a que foi imposta nos governos de Fernando Henrique Cardoso.