Familiares de vítimas denunciam abusos policiais nos Estados Unidos

Mães e familiares de vítimas da brutalidade policial nos Estados Unidos criticaram nesta quinta-feira (5) em Havana, Cuba, os abusos do sistema legal estadunidense.

Manifestação de integrantes do Stolen Lives Project

Em coletiva de imprensa, Arneta Grable, mãe de um jovem de 20 anos assassinado em 1996 por um policial em Detroit, garantiu que é muito pouco provável que um oficial seja preso nos EUA.

"Nos Estados Unidos, a justiça é dinheiro", afirmou em coletiva de imprensa na sede do Instituto Cubano de Amizade com os Povos.

Juanita Young teve uma opinião parecida, ao assegurar que a polícia não protege o cidadão comum, mas o setor mais poderoso da sociedade norte-americana.

"Há milhares de casos de violência policial documentados nos últimos anos", expressou.

O filho de Young, Malcolm Ferguson, foi assassinado por um policial em Nova York no ano de 2000, quando tinha apenas 23 anos.

O governo não mantém um registro sobre estes casos, explicaram.

Por sua vez, Joshua López afirmou que há milhares de inocentes nas prisões norte-americanas.

Além disso, há sérios problemas de superpopulação penal e a maioria são negros e latinos, expressou.

Apesar de tudo, Grable reafirmou que não cedem perante a força e criam organizações para conseguir mudanças na luta contra este fenômeno.

Nós nos unimos, juntos somos mais poderosos, agregou.

O grupo expôs perante meios de comunicação vários depoimentos sobre os abusos policiais e apresentaram o livro 'Stolen Lives', onde se registram vários casos deste tipo de violência.

A visita a Cuba das mães e familiares de vítimas começou em 30 de abril e está prevista que conclua dia sete de maio.