Ato na Cinelândia protesta contra decisão dar prosseguimento ao golpe

Um grupo de manifestantes se reuniu, na noite desta segunda-feira (9) na escadaria da Câmara de Vereadores, na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para protestar contra o prosseguimento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado, após o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, ter anulado a sessão que deu continuidade ao processo. 

Ato na Cinelândia protesta contra decisão de prosseguir com impeachment - Agência Brasil

O secretário de Comunicação e Imprensa da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) seção Rio de Janeiro, Paulo Farias, disse que o ato faz parte de uma série de manifestações que a Frente Brasil Popular promove desde a votação do impeachment na Câmara.

“É uma agenda contínua. A gente considera que o jogo está sendo jogado e o Renan (Calheiros, presidente do Senado) está cometendo uma ilegalidade, porque o presidente da Câmara anulou o processo. Manter o calendário do impeachment é uma ilegalidade e o processo será judicializado.”

Um novo ato está marcado para esta terça-feira (10), em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), “para jogar luz nas trevas, em defesa da democracia”, segundo Farias.

Adesão da sociedade

A atriz de teatro de rua, Luciana Pedroso, disse que a adesão da sociedade à posição contrária ao impeachment aumentou depois do dia 17. Segundo ela, o espetáculo Parlamento Popular, da Trupe Palhaços de Quinta, realizado há dois meses toda terça-feira no Buraco do Lume, na praça Mário Lago, no centro, também tem recebido mais adesões.

“Percebemos uma mudança grande na reação das pessoas. No começo nos agrediam e agora pedem pra participar. A gente faz esse tipo de espetáculo desde 2013, se chamava Artigos para o Golpe. O mensalão já era golpe, proporcionou um assassinato de reputações das lideranças de esquerda. A gente recupera essa função do ator de analisar a situação social e captamos a mudança de postura das pessoas, que estão participando mais e entendendo como ficaria o país em um possível governo (Michel) Temer”.