Partidos de direita anunciam apoio ao governo Temer

Repetindo o resultado da votação do pedido de impeachment, a maioria dos deputados deve dar apoio ao governo interino de Michel Temer na Câmara dos Deputados. Ao todo, nove partidos – PMDB, DEM, PTB, PSDB, PP, PSD, PR, PPS e PSB – darão apoio a Temer no Congresso. Para garantir esse apoio, Temer já acenou com um ministério formado por nove deputados, três senadores e quatro ex-deputados.  

Câmara: partidos de direta apoiam Temer; PT, PCdoB e Psol são oposição - Agência Câmara

Os tucanos, que encabeçaram o processo de pedido de impeachment, anunciaram que vão dar apoio integral ao novo governo. Segundo o líder do PSDB, deputado Antônio Imbassahy (BA). O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), também afirmou que a legenda vai ajudar o novo governo. Outros partidos de direita também manifestaram apoio a Michel Temer na Câmara, como o Democratas e o Solidariedade.

A Rede Sustentabilidade ainda não se manifestou sobre qual papel assumirá na Câmara em relação ao governo do presidente interino Michel Temer. No fim desta tarde, o partido vai se posicionar.

Michel Temer assume a Presidência da República interinamente nesta quinta-feira (12), depois da aprovação, pelo Senado, da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff , que a afastou do cargo por 180 dias.

Na oposição

Já o PT, PCdoB e Psol se declararam oposição ao novo governo. O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) afirmou que terá uma atuação melhor na oposição do que no governo: "São eles que vão agora ter que justificar a economia, ter que justificar a segurança, porque eu sou oposição. Eu bem que estava gostando de ser governo, mas já que vou para a oposição, serei tão competente como eu sou competente como governo".

O líder do PT, deputado Afonso Florence (BA), afirmou que o partido vai enfrentar toda pauta considerada conservadora: "Além de golpe, é traição. Antes de tomar posse, (Temer) já anunciou uma pauta que, fundamentalmente, se resume em retirada de direitos dos trabalhadores e sociais. É um golpe na democracia e é um golpe nas conquistas do povo pobre do Brasil. Não reconhecemos esse governo; ele não tem legitimidade e vamos nos opor a essa pauta conservadora".

A presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), em nota divulgada após a instalação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff , disse que “inicia-se uma nova etapa da resistência democrática e popular, visando derrotar o golpe no julgamento do Senado e se opor ao governo ilegítimo de Michel Temer.”