Foro de São Paulo começa nesta quinta-feira em San Salvador

A cidade de San Salvador, capital de El Salvador, começou a receber nesta terça-feira (21) delegações de todo o mundo, mas especialmente da América Latina e do Caribe, para aquele que é, já há vários anos, o maior encontro das forças de esquerda e progressistas da região, o Foro de São Paulo.

Foro de São Paulo - Divulgação

A organização anfitriã do 22º Encontro, que começa nesta quinta-feira (23), é a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), força que durante anos dirigiu a resistência popular armada e que hoje governa o país.

Além das plenárias gerais e da plenária final, muitas mesas e oficinas serão específicas por sub-região (Cone Sul, Região Andina, etc.) e outras discutirão temas como Formação Partidária, Comunicação, Geopolítica e Processos de Unidade e Integração da América Latina e do Caribe frente à contraofensiva imperial, Questão de Gênero, Parlamento, Experiência da Esquerda no comando de Governos Centrais, entre muitos outros.

Do Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT), que ocupa a Secretaria-Executiva do Foro de São Paulo, terá uma delegação chefiada pela secretária de Relações Internacionais da legenda, Mônica Valente, que por consequência também é a secretária-executiva do Foro.

O Partido Comunista do Brasil, que participa de todos os Foros desde sua fundação e é membro do Grupo de Trabalho (GT), tem uma delegação composta por José Reinaldo Carvalho (secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB), Wevergton Brito Lima (membro da Comissão de Política e Relações Internacionais do PCdoB), Liége Rocha e Julieta Palmeira (ambas representando a Secretaria de Mulheres do PCdoB), Divanilton Pereira (da Secretaria Sindical do PCdoB) e Ana Prestes (representando a Fundação Maurício Grabois).

O GT do Foro de São Paulo irá se reunir pelo menos 4 vezes durante o evento, que irá até o dia 26, e uma de suas reuniões será com representantes da Esquerda Europeia presentes ao Foro.

Nestes 26 anos de existência, o Foro de São Paulo vem se afirmando cada vez mais como um espaço fundamental de convergência dos setores progressistas. O documento base do 22º Encontro traz uma rica análise da conjuntura mundial e latino-americana, marcada pela forte contraofensiva imperialista e reafirma seu caráter de espaço anti-imperialista e de articulação dos povos em defesa da soberania nacional e justiça social.

Mesmo ponderando de forma equilibrada o cenário repleto de desafios, ameaças e, em alguns casos, até retrocessos, o documento proposto para debate aponta que “o capitalismo, como sistema social, é um fracasso (…) Nada pode impedir que neste lado do mundo, seus povos criem uma nova realidade que o substitua”.

É animado com este espírito que os mais variados partidos e organizações de esquerda que compõem o variado espectro do Foro de São Paulo começam a colorir as ruas de San Salvador com as cores da luta, da unidade e da esperança.