Estudantes e movimentos sociais de Paraty protestam durante a Flip

Estudantes do Colégio Estadual Mario Moura Brasil do Amaral e professores fizeram uma manifestação na tarde deste sábado (2) no centro histórico de Paraty pedindo solução para problemas na educação pública.

Estudantes e movimentos sociais de Paraty protestam durante a Flip

A passeata percorreu as ruas da cidade, chamando a atenção do público da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), com palavras de ordem e cartazes que pediam mais investimentos em educação. Os estudantes também criticavam a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro.

"É ou não é piada de salão, na cidade da Flip tá faltando educação", gritavam os alunos, que relataram lidar com falta de professores e cortes de gastos.

O grupo sentou-se em frente à tenda principal da Flip e atraiu a atenção de parte dos frequentadores da festa, que fotografaram e pararam para ouvir as reivindicações.

Movimentos sociais também realizaram, à tarde, manifestação em defesa dos povos tradicionais da região. O ato reuniu pautas de povos tradicionais, feministas, ativistas pela educação, por direitos LGBT e do movimento negro e posicionou-se contra o governo do presidente interino Michel Temer.

Chamado de Ocupa Flip, o protesto teve como um dos principais objetivos denunciar violações de direitos dos povos e das comunidades tradicionais da região. A manifestação se concentrou na Praça da Matriz, no centro histórico, e percorreu as ruas da cidade divulgando as reivindicações com cartazes e palavras de ordem.

Desde o início da festa, o movimento Trindade Vive espalhou cartazes nos postes de Paraty com mensagens contra a especulação imobiliária e o turismo predatório na região. Em 2 de junho, a localidade de Trindade testemunhou o assassinato do jovem caiçara Jaison Caique Sampaio, de 23 anos. O crime causou indignação e está em investigação pela polícia.

A comunidade afirma que o jovem foi morto por seguranças contratados pela empresa privada Trindade Desenvolvimento Territorial. A Agência Brasil não conseguiu entrar em contato com a empresa.