Fortaleza: Ato mobiliza manifestantes em defesa do SUS e da democracia
Manifestantes cearenses somaram-se a milhares de pessoas em todo o país na última quarta-feira (06/07) para defender o Sistema Único de Saúde (SUS). Os movimentos mobilizados nacionalmente unificaram bandeiras ainda em defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), da democracia, pelo “Volta Dilma” e “Fora Temer”.
Publicado 07/07/2016 10:32 | Editado 04/03/2020 16:24
Em Fortaleza a manifestação aconteceu na Praça do Ferreira, coração popular da capital cearense. Lá, médicos, militantes da saúde e defensores da democracia reforçaram a importância de permanecerem unidos e de fortalecer a luta em defesa das conquistas populares que estão sendo ameaçadas com o governo interino e golpista de Michel Temer.
Militante histórica da Saúde no Ceará, a médica Teresinha Braga Monte ratifica importância da paralisação nacional. “Estamos hoje na rua em todo o Brasil porque nós não vamos permitir que o nosso país veja serem destruídas as suas conquistas democráticas e populares. Por isso é tão importante reforçarmos nossas mobilizações”, ratifica.
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A atividade, convocada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), foi organizada pelo Comitê Unificado Saúde pela Democracia em parceria com a Frente Brasil Popular Ceará.
Michel Temer quer tirar 80 bilhões dos gastos com saúde, agravando a situação de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e postos de saúde. Esse corte afeta diretamente o Sistema Único de Saúde (SUS), que está gravemente ameaçado pelo governo golpista interino.
O SUS garante ao nosso povo assistência médica hospitalar e farmacêutica, vacinas, produção e distribuição de medicamentos, combate a epidemias como dengue, chikungunya e zika. Para realizar esses serviços, o SUS só utiliza 4% do PIB para 202 milhões de pessoas, enquanto no sistema privado os gastos são de 4,3% do PIB com assistência médico-hospitalar para 50 milhões de pessoas.
Outras propostas do governo golpista é o fim do SAMU (serviço de urgência); do programa Farmácia Popular, que distribui remédio gratuitamente para o povo que não pode pagar; a PEC 87/2015, que visa desvincular 30% do escasso dinheiro dos programas sociais; e o aumento da idade mínima de aposentadoria para 70 anos, que obriga o trabalhador a atuar até o fim de sua vida, já que a expectativa de vida é de 69 anos no Ceará; e ainda o fim do Programa Mas Médicos que atende 63 milhões de cidadãos em localidades nas quais médicos brasileiros não se faziam presentes.