Em direito de resposta na Folha, Requião rebate acusações

Em um raro momento da comunicação brasileira, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) rebateu e as acusações de um delator, que disse que ele liderava um esquema de desvios no Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais, que julga questões tributárias no Paraná.

Roberto Requião - Agência Senado

O senador reforçou dizendo que as acusações do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, vazadas pela Folha de S. Paulo em 4 de julho, são uma vingança por seu combate à corrupção praticada por fiscais da Secretaria da Fazenda.

De acordo com Requião, as acusações “são uma clara vingança contra mim, já que, no período em que governei o Paraná, isentei pequenas empresas de imposto e retirei a fiscalização sobre elas, coibindo o achaque contra empresários”.

Requião informa ainda que a própria estrutura do conselho evitava “acertos” , pois o órgão era composto por 24 conselheiros – metade deles indicados pelo Fisco e o restante por federações patronais –, além de dez representantes da Fazenda e de um procurador do Estado.

“Essa estrutura torna impossível a realização de qualquer ‘acerto’ no órgão que, desde 1972, tem uma tradição de lisura, competência e honestidade”, enfatizou.

Requião ainda destacou que o próprio delator o inocentou ao fazer a seguinte afirmação sobre o suposto esquema de desvios: “Na época do Requião, ficou meio suspenso, meio parado, e voltou agora com o Beto”, referindo-se ao atual governador Beto Richa (PSDB), que já refutou essa acusação.

A delação do fiscal foi anulada por suspeita de que ele estava extorquindo outros envolvidos no esquema, mas seu conteúdo continua sob investigação pelo Ministério Público Federal.