Frente Povo sem Medo convoca manifestação nacional contra o golpe

A Frente Povo sem Medo, organização composta por 35 entidades dos movimentos sociais, está mobilizando uma série de manifestações em todo o país no próximo dia 31 de julho. O ato contra o golpe e a agenda neoliberal representada pelo governo Temer, será no mesmo dia das manifestações da direita em apoio ao interino, que mais uma vez tenta manipular a população de que o impeachment é necessário no combate à corrupção.

Por Laís Gouveia

Frente Povo sem Medo convoca manifestação nacional contra o golpe

 A frente convocou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13), na Capital Paulista, no intuito de divulgar os próximos passos de enfrentamento ao governo Temer e a agenda de mobilizações de enfrentamento ao projeto golpista estabelecido no país.

No início da coletiva, que contava com membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), RUA – Juventude Anticapitalista e a União Nacional dos Estudantes (UNE), foi apresentada uma declaração afirmando os eixos fundamentais da luta contra o golpe: Fora Temer, o povo deve decidir, defesa dos direitos e a radicalização da democracia.

Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), afirma que, ao contrário do que a direita prega, os movimentos sociais intensificam suas manifestações em defesa da democracia, “aproximando-se do processo final do impeachment irão ocorrer crescentes ondas de manifestações, inclusive nas olimpíadas e também na votação do processo no Senado, se alguém achou que sairíamos das ruas, se enganou, quem está se desmobilizando cada vez mais são as forças que apoiaram o impeachment”.

"Não queremos conflitos"

A respeito da manifestação ser marcada no próximo dia 31 mesmo data do ato pró-golpista, Boulos garante que a intenção não é gerar conflitos, mas sim dar ao povo o direito à escolha, “queremos dar à população o direito de decidirem para onde ir, se querem participar do lado da turma chapa branca, financiada pelo PSDB e o DEM, ou se o povo quer participar de um ato contra um governo ilegítimo, que retira direitos do trabalhador. Temos que acabar com esse discurso hipócrita de que processo de impeachment combate a corrupção, metade do ministério do Michel Temer está envolvido na Lava a Jato e a outra metade em delação premiada”, alerta.

Plebiscito e novas Eleições

A diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, diz que, a defesa do plebiscito e novas eleições, “se faz necessária também para a discussão do modelo de projeto político brasileiro, o atual reflete, por exemplo, em um Congresso Nacional conservador, pautado pelo financeiro, queremos transformar essa lógica”, avalia.