Altair Freitas: Nice, barbárie alimentada pelo imperialismo

Sou um "francesofolo" juramentado. Principalmente pelas contribuições francesas ao pensamento avançado na época do Iluminismo, pela Revolução de 1789 e o período napoleônico, que fincaram as bases teóricas politicas e ideológicas sobre as quais foram erguidas a sociedade burguesa com repercussões fortes também para o seu contraponto, o Socialismo.

Por Altair Freitas*

Caminhão usado por terroristas em atentado na cidade de Nice, França

O Socialismo, nos seus primórdios, pré Marx, era um pensamento eminentemente francês e fonte fundamental para a interpretação Marxista sobre que tipo de Estrutura política deveria substituir a estutura capitalista. Foi na França que surgiu o primeiro Estado Operário durante a Comuna de Paris, estudado ao vivo por Marx, experiência trucidado pela burguesia mas que deu vários elementos de estudo a ele sobre o Estado.

A França burguesa enveredou pelas mais odiosas formas de dominação imperialista na África Sudeste Asiático nos séculos 19 e 20 com repercussão até hoje.

O atentado de quinta-feira, com mais de 80 mortos, execrável sob qualquer ponto de vista, é apenas mais um efeito colateral da sanha imperialista da burguesia francesa que atinge seu próprio povo. Não que isente quem praticou tal ato, evidente, mas apenas ajuda a explicar historicamente mais esse ato de barbárie.

Barbárie espalhada pelo mundo e que atinge sírios, líbios, iraquianos e tantos outros povos saqueados pela Europa ao longo do tempo. Barbárie alimentada pelo Ocidente dominado por EUA e Europa, que financiaram e financiam grupos separatistas tendo a disseminação do caos como estratégia para desestabilizar nações inteiras cujos Estados são hostis à sua dominação.

Ações que criam terrorismo em escala industrial e que se volta contra os povos dos países comandados pelas forças imperialistas. A burguesia cria vítimas nos dois lados da moeda.