Hillary e Trump, reações antagônicas ao terror em Nice

Os virtuais rivais nas presidenciais de novembro próximo nos Estados Unidos, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump, tiveram reações antagônicas e reveladoras ao recente atentado em Nice, França.

Atentado em Nice - Foto: APA/Olivier Anrigo/Agência Lusa/

O incendiário Trump nem sequer esperou por uma reivindicação para declarar-lhe a guerra ao grupo terrorista Estado Islâmico. Hillary, no entanto, reclamou juntar inteligências para combater as organizações extremistas.

A reação dos principais aspirantes a candidatos presidenciais realça de novo as diferenças em suas eventuais políticas exteriores: Trump reclama uma "mão de ferro" que só engendraria mais violência, e Hillary aposta na inteligência para acabar com o problema.

Bill O'Reilly, da FOX News, perguntou a Trump se pediria ao Congresso uma declaração de guerra contra o Estado Islâmico, e o magnata afirmou que o faria, porque definitivamente há uma guerra em curso, que vem de todas partes.

"Nos velhos tempos, teriam uniformes e saberíamos quem enfrentávamos. Estamos deixando entrar a gente em nosso país sem ter ideia de quem são, de onde vêm, sem papéis", disse Trump, em outro de seus habituais discursos xenófobos.

Interrogada a respeito, Hillary confirmou a Anderson Cooper, da CNN, que os Estados Unidos estão em guerra com os terroristas, mas advertiu que é um tipo de guerra muito diferente, que precisa de mais inteligência que força militar.

"Encantaria a eles arrastar os Estados Unidos a uma guerra terrestre na Síria, por isso me concentraria em trabalhar com nossos aliados para intensificar a luta contra os ideólogos que avivam o jihadismo radical on-line", estimou a ex-secretária de Estado.

"Estamos em guerra contra os jihadistas radicais que usam o Islã para recrutar e radicalizar outros, para levar a cabo seus diabólicos objetivos", reiterou Hillary, que se dissociou da retórica anti-muçulmana de Trump.

Fonte: Prensa Latina