PCdoB-Rio realiza conferências e reconstrói organizações de bases

Nos últimos dois meses, o PCdoB da cidade do Rio de Janeiro promoveu um intenso debate nas conferências distritais, primeiramente com o objetivo de reconstruir essas instâncias partidárias e organizar os comunistas em bases.

Conferências Rio

As Conferências Distritais foram um processo convocado pelo comitê municipal do PCdoB da capital, complementar à 14ª Conferência municipal do Partido, pois não houve tempo hábil para fazer as duas coisas em conjunto.

Esse processo, de acordo com documento aprovado e debatido, tinha algumas missões: 1-Eleger as direções dos Comitês; 2-Debater um projeto de estruturação e ação política do Distrital/Comitê (enfrentar centralmente o debate do enraizamento do Partido); e 3 – Debater o projeto eleitoral para este ano.

As conferências reuniram cerca de 500 militantes, em 40 assembleias de base. O grande desafio desse processo foi formar sólidas direções distritais que possam ter mais força e coesão para estruturar o Partido no dia a dia. Pelo menos 50 quadros políticos, sejam novos filiados ou antigos militantes que andavam afastados da atividade partidária, se incorporaram nesse processo.

Para o secretário de Organização do PCdoB-Rio, Rodrigo Weisz (Digão), “dentro de um quadro geral de Partido que se propõe a ser força ativa na disputa política nacional, associado ao fato de sermos um Partido de perfil militante, é imprescindível que tenhamos um Partido organizado e envolvido na luta política”.

Além disso, foi fundamental criar esses espaços políticos em que a militância pode se organizar, militar e opinar acerca da política do Partido. Foi importante a inclusão de toda a direção do Partido e o conjunto da militância, incluindo a participação dos filiados e dirigentes nos organismos de base e intermediários.

“A tarefa de construir o Partido entre o povo é de toda a militância. Essa tarefa é das mais relevantes e estratégicas, por isso a centralidade de escalar quadros e militantes experimentados para a tarefa de dirigir o Partido na base, fortalecendo assim, nosso vínculo e nossa influência junto ao povo”, destaca o dirigente do municipal.

Organização por toda a cidade

Outro elemento importante para as conferências foi a questão de que a cidade tem grande extensão territorial, com uma população de mais de 6 milhões de habitantes. Para o Comitê Municipal é impossível organizar o Partido sem organismos intermediários sólidos, ou seja, sem os comitês distritais, organizações nas universidades e entre os trabalhadores, que se responsabilizem por fazer o elo entre o Partido e os organismos de bases.

Entretanto, ainda é preciso olhar mais para a estruturação partidária em uma cidade como o Rio levando em conta as particularidades da cada região. A capital carioca tem áreas de planejamento que equivalem a estados brasileiros ou até pequenos países. Nessa perspectiva, os distritais foram designados a se reconhecerem como comitês partidários plenos, para que busquem estruturar o Partido no curso da luta de ideias, nos movimentos sociais e na institucionalidade.

Esses distritais devem ainda se preocupar, no seu local de atuação, em organizar o Partido, estruturar a comunicação, as finanças e a formação e também planejar qual deve ser o veio de crescimento nos movimentos sociais organizados. Em alguns casos, por exemplo, esse caminho será a luta anti-racista, em outros a luta sindical, em outros a ocupação política e cultural das praças públicas, ou seja, cada distrital deve definir qual a forma de crescimento e enraizamento do Partido.

Presidentes de cada Comitê Distrital:

Campo Grande – Edson Santana
Bangu – Douglas Pereira
Méier – Cristiane Matos
Tijuca – João Carlos de Carvalho
Centro – Igor Bruno
Zona Sul – Marcos Oliveira
Ilha do Governador – Alessandro Bianco
Jacarepaguá – Gilberto Lobato
UERJ – Elias Jabbour
UFRJ – Waldelice Souza

Também realizaram as conferências o Distrital Norte, o Comitê Metalúrgico e o Comitê do Saneamento, porém esses ainda não definiram o nome para presidir o órgão.