Esgrimista e ex-ministra venezuelana não saudará Temer: "golpista"

Alejandra Benitez, uma das maiores atletas de seu país na atualidade, disse que não irá saudar Michel Temer na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. "Lamento porque pensava que ia passar pelo estádio e iria saudar a Dilma, como presidente da República. Mas agora há um golpista. Eu não vou saudá-lo, por exemplo, porque é um golpista" disse ela.

Alejandra benitez

A esgrimista e ex-ministra do Esporte da Venezuela, Alejandra Benitez, uma das maiores atletas de sue país na atualidade, disse que não irá saudar o vice-presidente em exercício Michel Temer durante a abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Alejandra, que também é deputada pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, disse que irá disputar a sua quarta Olimpíada para defender o seu posicionamento "político", como "mulher" e "de esquerda.

"É triste que não tenha havido um apoio mais contundente à companheira Dilma [presidente eleita e atualmente afastada Dilma Rousseff]. E, neste momento dos Jogos, não se pode fazer nada porque ela não vai estar lá na cerimônia de abertura", disse Alejandra que adiantou que não irá saudar Temer durante o desfile das delegações.

"Lamento porque pensava que ia passar pelo estádio e iria saudar a Dilma, como presidenta da república. Mas agora há um golpista. Eu não vou saudá-lo, por exemplo, porque é um golpista. Não sei se todos os venezuelanos vão, mas eu não vou. Passarei diretamente porque ele é um golpista, e os golpistas são antidemocráticos. Eu sou pela democracia e pela justiça. Queria ver a Dilma, e não vou a saudá-lo", assegurou.

"É terrível o que vemos. Um golpe de estado que estão legalizando. Eu, como mulher, acredito que também foi um ato machista, algo patriarcal, contra a mulher. Na política, o homem acredita que deve se impor ante a mulher, e que ela não tem méritos por estar lá", concluiu.