Mulheres no Rio de Janeiro se manifestam contra cultura do estupro
Mulheres independentes e ligadas aos movimento sociais reuniram-se nesta segunda-feira (15), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), denunciando a cultura do estupro presente nos altos índices de violência contra a mulher no Brasil. As manifestantes reivindicam a saída do deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP) do seu cargo, por acusações de abuso sexual, e repudiam os quatro estupros que ocorreram na Vila Olímpica, onde se alojam os atletas que participam das Olimpíadas.
Publicado 16/08/2016 12:00
“Estamos aqui para denunciar um golpe em curso e dizer que o Temer não nos representa e o Feliciano também não e seguimos na luta. O ato é unificado, várias mulheres de organizações, partidos políticos, independentes, se organizam desde o ano passado por considerar que, independente das nossas diferenças, as mulheres têm sido protagonistas na luta contra o golpe e os estupradores de plantão, por isso seguimos mobilizadas”, afirmou Bia Lopes, representante da União Brasileira de Mulheres (UBM) que se manifestava no local.
Aos gritos de “Fora Temer, Feliciano, o corpo e nosso, contra a cultura do estupro”, as manifestantes seguiram pelas ruas do centro do Rio de Janeiro.
Registraram presença no ato entidades de juventude, do movimento estudantil, lideranças de partidos políticos e mulheres independentes.
Entenda o caso
O deputado federal Marcos Feliciano foi acusado pela jovem jornalista Patrícia Lelis por abuso sexual, sequestro, cárcere privado, falsa comunicação de crime e extorsão.
Os boxeadores Hassan Saada e Junias Jonas, do Marrocos e da Namíbia, foram acusados de estuprarem camareiras na Vila Olímpica. Ambos ficaram detidos no presídio do Bangu mas já foram liberados.
O outro caso de abuso sexual ocorreu também na Vila Olímpica com uma bombeira que sofreu tentativa de estupro por parte de seu supervisor, Genival Ferreira Mendes, que foi detido e irá responder pelo crime de violação sexual.
Confira abaixo a transmissão ao vivo feita por Bia Lopes: