Para apressar o processo, aliados de Temer não farão perguntas 

Para os aliados do presidente ilegítimo Michel Temer, os debates que querem fazer os que são contra o impeachment são “chicana” para retardar o processo, mas o senador Aécio Neves (PSDB-MG) informou, nesta sexta-feira (25), que foi fechado um acordo entre os partidos que apoiam o impeachment para que os senadores não façam perguntas às testemunhas de defesa para acelerar o processo. Pelo regimento, todos os senadores podem fazer questionamentos. 

Para apressar o processo, aliados de Temer não farão perguntas - Agência Senado

Para o senador Lindberg Farias (PT-RJ), a pressa dos golpistas tem uma razão: eles temem que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aliado de Temer, resolva delatar os cúmplices dos casos de corrupção de que é acusado, o que atingiria o presidente golpista. Lindbergh atribui a “demora” na votação da cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha a esse medo de Temer. “O presidente interino Michel Temer está trabalhando de forma clara para ajudar Eduardo Cunha porque sabe que, se Cunha for cassado e preso, vai fazer uma delação que acaba com o governo.”

Na tarde desta sexta-feira, após uma sessão tumultuada no período da manhã, começaram a ser ouvidas as seis testemunhas de defesa da presidenta Dilma. Serão ouvidas seis testemunhas, começando pelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo, que foi alterado para a condição de informante a pedido do próprio advogado da defesa, José Eduardo Cardozo.

Também serão ouvidos como testemunhas da defesa o professor adjunto da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (RJ), Ricardo Lodi; o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa; a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, o ex-secretário executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa e o professor de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Geraldo Prado.