Cristina Kirchner: América do Sul é outra vez laboratório da direita

Depois da aprovação do impeachment no Brasil, a ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, manifestou solidariedade a Dilma Rousseff. “A América do Sul é outra vez laboratório da direita mais extrema”, afirmou, em referência às experiências anteriores dos setores reacionários no poder, como foram as ditaduras militares dos anos 60 a 80 e os governos neoliberais dos anos 90.

Cristina Kirchner - Reprodução Facebook / Cristina Kirchner

“Consumou-se no Brasil o golpe institucional: nova forma de violentar a soberania popular”, escreveu Cristina em seu perfil no Facebook, em um post com um foto da manifestação do dia 18 de março na Avenida Paulista, em São Paulo, contra o impeachment da então presidenta do Brasil.

“A América do Sul é outra vez laboratório da direita mais extrema. Nosso coração [está] junto ao povo brasileiro, Dilma, Lula e os companheiros do PT”, finalizou a ex-presidenta argentina.

Além dela, líderes latino-americanos como Rafael Correa, presidente do Equador, Evo Morales, presidente da Bolívia, e Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, também se manifestaram em repúdio à destituição de Dilma, assim como o governo de Cuba, que afirmou que vai se opor às políticas do novo governo brasileiro, liderado por Michel Temer.

Em pronunciamento após o impeachment, Dilma disse que a Constituição foi "rasgada" e voltou a afirmar que é inocente dos crimes de responsabilidade que lhe imputaram e que levaram à perda de seu mandato. Ela também agradeceu o apoio que recebeu e pediu às mulheres brasileiras que “acreditem que podem”.