Católicas pelo Direito de Decidir: "não vote em fundamentalistas"
A organização Não Governamental "Católicas pelo Direito de Decidir", que baseia-se na prática e teoria feministas para promover mudanças na nossa sociedade, especialmente nos padrões culturais e religiosos, lançou uma campanha para denunciar o cenário político-conservador vigente no país. Intitulada "não vote em fundamentalista", a ação pretende rechaçar os candidatos que possuem práticas preconceituosas, excludentes e desvirtuosas.
Publicado 12/09/2016 13:37
Confira abaixo a declaração da ONG convocando a população para aderir à camapanha:
"O cenário político brasileiro está caótico faz algum tempo. Não só pelo golpe iniciado nas últimas eleições presidenciais, intensificado em abril e efetivado no dia 31 de agosto de 2016.
A política nacional tem sido desonrada também pela ação nefasta de políticos que, no lugar de governar pelo interesse e bem de toda a população – sem distinção como manda a Constituição –, agem em prol de seus interesses pessoais, financeiros e religiosos.
Políticos fundamentalistas, machistas, racistas, xenofóbicos, homofóbicos, garotos-propaganda de ideologias conservadoras que violam os direitos humanos, atacam as mulheres, os homossexuais, a juventude negra, os nordestinos, o povo trabalhador, o povo sem moradia, enfim, toda gente que não é branca, rica, heterossexual, cristã etc. etc. etc.
A lista dos atos e atividades execráveis de boa parte dos políticos é grande. Muitos usam a fé alheia para lavar dinheiro e mandar para paraísos fiscais no exterior. Uns defendem castigos físicos aos homossexuais. Outros batem, sequestram, assediam e estupram mulher. Outros defendem a tortura. Um tanto toma terra e mata indígena, fazendo fortuna sob o trabalho escravo. Muitos são donos de veículos de comunicação, por onde propagam suas ideologias por meio da concessão pública, entre outras atrocidades.
Para que o Brasil se desenvolva efetivamente, resolva seus problemas sociais, econômicos e políticos, é preciso dizer não a candidatos que desrespeitam a diversidade social, os direitos humanos e a justiça social".