País vive retrocesso democrático, diz Nivaldo da CTB  

O vice-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Nivaldo Santana, afirmou ao Repórter Sindical na Web que a inserção do sindicalismo na política passa por um momento difícil, em razão da “demonização da atividade política” que ocorre atualmente.

Nivaldo Santana

Nivaldo, que foi deputado estadual pelo PCdoB por três mandatos, participou quinta (22) da série “Sindicalismo e Eleições”, apresentada pelo programa durante o mês de setembro. O sindicalista abordou sua trajetória política e os desafios do movimento sindical nestas eleições.

“Existe uma campanha sistemática de demonização da atividade política, por meio da pauta única dos meios de comunicação, que procurar transformar a atividade pública como atividade perniciosa”, observou. Ele atribuiu destacou que as dificuldades de acesso a mandatos se devem aos custos elevados das campanhas eleitorais e às mudanças na legislação.

Participação

Questionado sobre o envolvimento dos representantes dos trabalhadores na política, o dirigente enfatizou que os sindicalistas deveriam ter uma participação forte para eleger bancadas classistas em todas as esferas da representação.

“Além da ruptura da legalidade democrática, temos visto nos últimos anos a elitização do processo político. São regras que objetivam a diminuição dos trabalhadores e dos setores populares nas esferas institucionais”.

O sindicalista disse que o movimento sindical deve amadurecer e criar uma agenda política, que unifique amplos setores em torno de determinadas candidaturas. “Infelizmente temos que reconhecer que o sindicalismo não tem uma atuação articulada nos processos eleitorais”, observa. Nivaldo considera que a reforma politica e a democratização na mídia são duas questões essenciais.

Para encerrar, ele aconselha que neste período de retrocesso “o trabalhador deve associar sempre que a luta por salário, emprego, direitos e a melhoria de vida depende de decisões políticas que saem vitoriosas das eleições”.