Em atos nacionais, metalúrgicos denunciam ameaça aos direitos
Metalúrgicos protestaram pelo Brasil nesta quinta-feira (29) contra a reforma da Previdência Social e a retirada de direitos garantidos pela Consolidação das leis do Trabalho (CLT), planejadas pelo governo de Michel Temer. Um dos segmentos mais atingidos pelo desemprego, os metalúrgicos se manifestaram nos locais de trabalho ou nas proximidades realizando passeatas, assembleias, piquetes e paralisações.
Por Railídia Carvalho
Publicado 29/09/2016 15:44
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Paraná, e Rio Grande do Sul foram alguns dos locais em que aconteceram os atos. Na zona Leste da capital paulista e também na BR 381, na região de Betim (MG), dirigentes e trabalhadores realizaram passeata pela manhã.
Em Betin, o protesto reuniu cerca de 300 dirigentes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical, além de representantes das federações locais e diversos sindicatos.
Em Itaguaí, no Rio de Janeiro, o presidente do sindicato Jesus Cardoso Reis, avaliou de forma positiva o piquete realizado em frente a Itaguaí Construção Naval (ICN), no litoral fluminense. “Mesmo com todas as dificuldades vividas pelo trabalhador quando falamos das ameaças aos direitos ele responde bem”, afirmou o dirigente. A ICN é uma empresa da Construtora Odebrecht e tem contrato com a Marinha de construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
Além do combate ao desemprego, os metalúrgicos reivindicaram a redução da taxa de juros e também lançaram a luta pela construção de um contrato coletivo nacional por ramo de atividade. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) avaliou que 600 mil trabalhadores se mobilizaram no país.