UNE planeja ações nas universidades contra a PEC 241 

A executiva nacional da União Nacional dos Estudantes (UNE), cerca de 50 diretores de todo o país, está reunida nesta quarta-feira (12) na sede das entidades estudantis em São Paulo. É a primeira vez que os estudantes se encontram depois da retirada ilegítima de Dilma Rousseff e da posse de Michel Temer.

Estudantes da UnB realizam ato contra impeachment de Dilma Rousseff - Metrópoles

Mesmo em poucos meses do governo PMDBista os estudantes tem muito a discutir. As principais medidas impostas ao país atingem diretamente a educação como a PEC 241, aprovada em em primeiro turno pela Câmara dos Deputados, que congela os investimentos em Educação e Saúde nos próximos 20 anos, bem como a Medida Provisório 746 que “reforma” de maneira arbitrária o Ensino Médio.

Na segunda-feira (10) os estudantes chegaram a ocupar o escritório da Presidência da República, em São Paulo, para pressionar contra a aprovação da PEC 241.

Ontem junto com demais movimentos sociais da Frente Povo Sem Medo os estudantes fizeram um ato na Avenida Paulista, ainda na capital, para protestar. Leia mais sobre o ato aqui.

Para a diretora de Políticas Educacionais da UNE, Mariana Maia, a educação é um setor estratégico para o avanço do país, ideológico e social. “São medidas muito cruéis que pretendem sucatear e entregar a educação para os barões do ensino, ou seja, a iniciativa privada. Também temos o fim do regime de partilha que inviabilizou os 10% do Pib para a educação que foi uma bandeira que lutamos tanto, com a UNE e UBES na rua para garantir a implementação no Plano Nacional de Educação. Esses projetos querem acabar com a possibilidade de uma educação pública para as próximas gerações”.

O diretor jurídico da UNE, Rarikan Heven, explica que a avaliação de conjuntura é para analisar quais são os efeitos que o governo Temer já tem implementado, uma vez que quase todas as medidas retrocessos aos processos conquistados no último período.

“Devemos sair hoje com uma agenda de mobilização nas universidades principalmente a PEC 241 devido a forma como ela atinge a educação. Estamos convocando a unidade dos movimentos educacionais a construir uma grande frente ampla de mobilização tanto nas universidades como nas escolas para explicar para as pessoas de que forma que a PEC vai nos atingir. A ideia é mobilizar para o dia 24, um dia nacional de mobilização e paralisação nas instituições de ensino em defesa da Educação e um grande esquenta para a greve geral convocada pelas centrais sindicais no dia 10 de novembro”.