Rússia denuncia ataque de coalizão ocidental contra civis no Iraque

O comando militar russo denunciou, nesta semana, os bombardeios em massa realizados por uma coalizão internacional encabeçada pelos Estados Unidos contra áreas residenciais nos arredores da cidade iraquiana de Mosul e na província de Nainav.

Mosul antes da invasão do Iraque pelos EUA

A entrada de tropas iraquianas nas localidades de Bazbaia e Gogieli, nos arredores de Mosul, foi antecedida por um forte bombardeio dessas áreas, de alta concentração de civis, comentou o chefe da Direção Operacional do Estado Maior russo, Serguei Rudskoi.

O tenente-general informou também que no dia 26 de outubro os aviões da coalizão internacional atacaram a localidade de Jamam El-Elil, a 20 quilômetros ao sudoeste de Mosul.

Cerca de 30 mil soldados do exército iraquiano iniciaram uma operação em 17 de outubro último em Mosul, com apoio da guerrilha curda e dos aviões da aliança sob comando norte-americano.

Washington rejeitou as comparações feitas recentemente pela Rússia sobre as ações bélicas em Mosul e na cidade síria de Alepo.

No caso de Alepo, o Ocidente desencadeou uma forte campanha contra a Rússia para torná-la responsável pela morte de civis nessa cidade, onde Moscou decretou uma pausa nas ações de sua aviação convergindo com o início das operações em Mosul.

Pelo menos 130 civis morreram devido às ações de grupos armados identificados pelo Ocidente como moderados no citado período em Alepo, onde se negam a permitir a saída da população por corredores humanitários abertos pelo exército sírio com essa finalidade.

A campanha midiática contra Moscou, para situá-la como promotora da violência na Síria, inclui a possibilidade de lhe aplicar sanções unilaterais.

Ao mesmo tempo, o comando militar russo suspeita que os ataques da coalizão internacional em Mosul só busquem encobrir a saída ilesa de 60 mil membros do movimento terrorista Estado Islâmico com destino a Alepo.