Depois de esvaziar Conselhão, Temer realiza primeira reunião
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o chamado Conselhão, fará sua primeira reunião sob a gestão Temer nesta segunda-feira (21). No entanto, a gestão do usurpador modificou a composição e os representantes da CUT, da CTB, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre outros, foram excluídos da órgão, que tem como tema da primeira reunião "a retomada do crescimento econômico'.
Publicado 21/11/2016 10:04
Apesar das exclusão de diversos setores importantes da sociedade, de acordo com a assessoria de Temer, o número de integrantes subiu de 92 para 96, mas a escolha dos integrantes buscou "diversificar a composição". Das centrais, participam apenas a Força Sindical (dois representantes, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e Ruth Coelho Monteiro), CSB (Antonio Neto), UGT (Ricardo Patah) e Nova Central (José Calixto Ramos). O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, permanece.
Enquanto exclui alguns setores, Temer decidiu convocar Eliana Calmon, que foi corregedora-geral de Justiça, e Nizan Guanaes, publicitário e sócio-fundador do Grupo ABC de Comunicação responsável por campanhas eleitorais tucanas, participarão pela primeira vez do órgão. Além disso, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o técnico de vôlei Bernardinho, também integram o órgão.
Criado em 2003, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social tem o objetivo de assessorar o presidente da República e os demais órgãos do Poder Executivo na elaboração de políticas públicas, articulando as relações do governo com os setores da sociedade civil representados.
Entre os nomes que já participavam do conselho vão continuar, estão Benjamin Steinbruch (presidente da Companhia Siderúrgica Nacional), Jorge Paulo Lemann (um dos sócios controladores da multinacional AB InBev) e Luiz Carlos Trabuco (diretor-presidente do Bradesco).
Na abertura do encontro, além de Temer, os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, detalharão os planos para o órgão. Eles vão falar sobre os principais pontos das medidas econômicas propostas pelo Palácio do Planalto.