Justiça do Chile condena 5 agentes da ditadura por morte de professor

O Tribunal de Apelação de Santiago condenou nesta segunda-feira (13) a cinco agentes da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) pelo sequestro qualificado e desaparecimento forçado de um professor de música em 1974. O caso integra a lista da chamada Operação Colombo, que vitimou dezenas de opositores ao regime.

Augusto Pinochet - Divulgação

Em comunicado oficial o Poder Judiciário anunciou que o Tribunal condenou a sete anos de prisão os agentes César Maríquez Bravo, Pedro Espinoza Bravo e Raúl Iturriaga Neumann; a cinco anos o agente Orlando Manzo Durán e a três Luis Pavez Parra, com beneficio de liberdade condicional.

O professor de música e membro do Partido Comunista, Arturo Barría Araneda, tinha 38 anos quando desapareceu de um campo de presos políticos em setembro de 1974 sob a custódia destes agentes. Um ano depois seu nome foi incluído na Operação Colombo.

Esta Operação foi uma manobra da Direção Nacional de Inteligência Nacional (Dina), equivalente ao Doi-Codi no Brasil, destinada à emitir informações falsas para a população e encobrir as torturas, assassinatos e outros crimes da ditadura de Augusto Pinochet.

Diferente do Brasil, no Chile os arquivos da ditadura foram abertos para investigações e, com apoio do trabalho da Comissão da Verdade do país, dezenas de agentes dos serviços de inteligência e das Forças Armadas de Pinochet já foram punidos.